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De olho no mercado brasileiro, a Shein, marca de fast fashion chinesa, anunciou que vai abrir duas lojas temporárias no Brasil até o final do ano. As unidades serão instaladas nas cidades de São Paulo, SP, e Belo Horizonte, MG, e estarão disponíveis para vendas físicas.
A loja da Shein na capital paulista ficará aberta para os consumidores entre os dias 12 e 16 de novembro, no Shopping Vila Olímpia. Já a loja da capital mineira ainda não tem data para abrir as portas. A previsão, contudo, indica que será ainda este ano.
Segundo a varejista, os espaços terão 265 m2 com 11 mil peças de estoque para compra e diferentes ambientes ‘instagramáveis’, para atrair aqueles que querem gastar e quem está só ‘dando uma olhadinha’. Para o primeiro grupo, que pretende comprar, os itens terão 15% de desconto e os meios de pagamento aceitos serão cartão de crédito e débito.
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A Shein afirma que o Brasil é o seu mercado estratégico na América Latina e que, por isso, tem se aproximado dos consumidores. “O público brasileiro, em especial, está cada vez mais exigente e antenado e a Shein vem atendendo a essas demandas, inclusive planejando várias ações no País ao longo de 2022”, disse Felipe Feistler, diretor geral no Brasil.
Em nota ao Infomoney, a varejista de moda afirmou que prevê, para 2023, a abertura de mais unidades em outras capitais do país, em regiões além do sudeste.
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Acusações
Apesar do momento favorável de vendas, a Shein vem sofrendo sérias críticas ao redor do mundo, com a acusação de conivência com o trabalho escravo. Conhecida pelos preços baixos e variações em modelos de roupas, a empresa tem sido questionada por mais transparência sobre a sua produção.
As acusações começaram depois que uma reportagem investigativa da emissora britânica Canal 4 conseguiu indicações que uma das fábricas que prestavam serviços para a varejista pagavam menos de um centavo por peça produzida aos funcionários. Além disso, a reportagem relatou retenção do salário do primeiro mês e informou que os trabalhadores chegavam a produzir 18 horas por dia, sem horários definidos.
Em nota ao Infomoney, a Shein afirmou a responsabilidade de salvaguardar o bem-estar dos trabalhadores da cadeia de produção e afirmou que abriu investigação sobre as fábricas citadas na reportagem. A empresa declarou, ainda, que todos os fornecedores devem seguir o Código de Conduta da marca, que é baseado na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e nas legislações locais.
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“Pagamos aos fornecedores tarifas competitivas para que eles possam cuidar de seus trabalhadores. Se as auditorias encontrarem problemas como práticas trabalhistas antiéticas ou más condições de trabalho, tomamos medidas rápidas, inclusive rescindindo o contrato de parceria quando uma violação grave não é corrigida”, disse Moody Miao, co-fundadora da Shein em nota.