Após ter investido em expansão orgânica e fechado 2022 com contratos que garantem o crescimento neste ano, a Vamos (VAMO3) mantém a meta de chegar a 100.000 ativos até 2025 (atualmente está em torno de 45.000). Ao InfoMoney, Gustavo Couto, CEO do grupo, disse que o orçamento previsto para 2023 já contava com a Selic alta no primeiro semestre, mas que ele espera um ambiente mais favorável na segunda metade do ano para que o Banco Central possa reduzir gradativamente os juros.
“Eu acho que era o plano da maior parte das empresas imaginar que essa taxa de juros ia permanecer no patamar atual até pelo menos o meio do ano. A gente prevê que no segundo semestre, provavelmente, a gente espera, como todo brasileiro espera, que o ambiente já esteja mais favorável para que o Banco Central possa naturalmente e gradualmente reduzir essa taxa de juros, que é o que está no nosso orçamento”, disse o executivo.
Ele participou do Por Dentro dos Resultados, projeto no qual o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Os executivos falam sobre o balanço do quarto trimestre e ano fechado de 2022 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
“Agora, a gente tem uma situação muito privilegiada porque nós temos garantido já um crescimento muito forte para este ano com base nos contratos que nós assinamos até dezembro de 2022 e com base nos investimentos que foram realizados, que garantem o crescimento no primeiro semestre. A gente não é obrigado a tomar nenhuma decisão relacionada ao segundo semestre, dado que existem incertezas em relação para onde vai essa taxa de juros. Se a gente achar que a taxa de juros está coibindo investimentos, a gente eventualmente pode até tomar a decisão de segurar um pouco o ritmo de crescimento”, continuou.
O executivo disse ainda que a demanda pelos serviços da Vamos continua muito forte: “o aluguel de equipamentos sai mais barato do que a compra dos mesmos e a frota de caminhões no Brasil é muito antiga, quando você oferece a oportunidade de a empresa ter uma frota nova a um custo muito mais baixo do que se ela fosse comprar esses veículos, é natural que ela queira ter esse serviço”.
Segundo Couto, o atraso na entrega dos pedidos por parte das montadoras, que afetou as operações na pandemia, já não é mais um problema. O CEO afirmou também que a Vamos não tem encontrado, por ora, dificuldade para vender seus ativos seminovos e que está, inclusive, abrindo novas concessionárias no Centro Oeste do país.
O CEO falou ainda sobre aumento de capilaridade, investimento em marketing e sobre a possibilidade de a Vamos necessitar de uma nova captação neste ano, muito provavelmente via emissão de dívida (debênture), para fazer frente ao plano de expansão. Couto também comentou sobre novos concorrentes, repasse de custos e reajustes em contratos, além de iniciativas ESG (meio ambiente, social e governança). Veja a entrevista completa no player acima, ou clique aqui.