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SÃO PAULO – A CCX Carvão (CCXC3) deverá manter os seus investimentos na Colômbia – desmentindo o jornal colombiano Portafolio, que noticiou que a empresa suspenderia seu projeto no sul de La Guajira, incluindo o porto, linha férrea e minas de carvão a céu aberto e uma subterrânea.
De acordo com a gerente de comunicação da empresa, Ximena Botero, Eike Batista continua acreditando no projeto, apesar da situação desfavorável do mercado. Por conta disso, a empresa optou por pagar um prêmio de 100% para os acionistas minoritários na OPA (Oferta Pública de Aquisição) – pagando R$ 4,31 por ação.
Contudo, o projeto ainda vai ser revisado por conta da conjuntura do mercado e os atuais preços do carvão. A intenção é adequá-lo ao atual mercado. O jornal colombiano noticiou que a companhia havia tido dificuldade para obter licenças ambientais, acordos com as comunidades indígenas e a tendência de queda nos preços do carvão.
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Eike optou tirar a CCX da bolsa ao preço de R$ 4,31 por considerar que o mercado de capitais era um “parceiro estratégico” em seus negócios. Embora o valor fosse cerca de 40% superior ao patamar em que as ações se encontravam no dia de divulgação do comunicado, ainda estavam bastante distante da estreia da empresa na Bovespa – ao valor de R$ 7,30.
Três pregões antes do anúncio, os papéis iniciaram um movimento de cerca de 65%, que parte do mercado acredita ser um movimento de “insider trading” – pessoas que sabiam do fechamento de capital antes do anúncio operando em benéficio próprio. Com a queda de 2,09%, a empresa já acumula ganhos de cerca de 97% desde o início do movimento de alta.