Caixas eletrônicos no metaverso: a aposta do Banco24Horas para seguir inovando

Controlador da rede Banco24Horas, Tecban instala dezenas de caixas eletrônicos no metaverso do GTA Roleplay

Wesley Santana

Instalação das máquinas foi feita no metaverso do GTA RolePlay. Foto: Divulgação
Instalação das máquinas foi feita no metaverso do GTA RolePlay. Foto: Divulgação

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Uma pesquisa feita no ano passado pelo Instituto Locomotiva respondeu uma dúvida que muita gente tem: alguém ainda usa caixas eletrônicos? A resposta é: sim, mais da metade da população utiliza máquinas ATM pelo menos uma vez ao mês. Apesar disso, não há como negar que, especialmente entre os mais jovens, o serviço perdeu relevância, graças à chegada dos bancos digitais e de ferramentas como o PIX.

Mas a TecBan, controladora da rede Banco24Horas, aposta no metaverso para ampliar seu contato com este público, lançando, nesta sexta-feira (20), um projeto que coloca caixas eletrônicos no GTA RolePlay. A empresa escolheu o servidor MetaSoul para instalar 74 máquinas de autoatendimento, onde os jogadores podem depositar e sacar as moedas digitais -as GTA$- para que o avatar as use no ecossistema do game, podendo comprar skins, casas, carros, roupas e outros serviços. 

O gerente de plataformas digitais, Luiz Fernando Ribeiro Lopes, que atua há 11 anos na TecBan, destaca que a empresa tem acompanhado as evoluções tecnológicas, e viu neste projeto do metaverso a possibilidade de continuar presente na vida dos consumidores. Ele destaca o pioneirismo do projeto no país, fator que tem feito a empresa se manter ativa em toda essa última década. 

“A nossa ideia como empresa é entender o movimento do metaverso e como o público se comporta dentro desse ambiente para adaptar isso à essência da TecBan, com o objetivo de integrar o mundo físico ao digital. É uma nova tecnologia, um novo modelo de comportamento, então nada melhor do que estar próximo, vendo como isso funciona, pensando no futuro da empresa e criando soluções para quem está nesta plataforma que vem crescendo muito”, pontua.

Dentro do game, o avatar vive uma vida muito parecida com a do mundo real, contando com todas as obrigações financeiras, como o pagamento de contas. Por isso, a empresa também se tornou a instituição financeira oficial do ecossistema, disponibilizando um aplicativo bancário que é acessado pelo celular virtual do personagem gamificado. 

A TecBan não é a primeira empresa essencialmente financeira que se aventura no universo paralelo eletrônico. Recentemente, marcas como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú lançaram projetos no metaverso, desejando apresentar ao consumidor uma experiência diferenciada na sua jornada bancária. Já há, também, diversos produtos financeiros que apostam no metaverso como ativo de investimentos

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“O metaverso tem sido amplamente discutido em todo o mundo, não só no Brasil, e é um segmento que começa a se consolidar em algumas áreas, com uso de aplicações práticas no dia-a-dia. O mercado financeiro não é diferente, pois também está olhando para esse segmento, que tende a crescer. Alguns bancos tradicionais já fizeram ações no metaverso, e não poderia ser diferente com a TecBan, que traz inovação em seu DNA”, define Lopes.

TecBan, responsável pela operação dos caixas eletrônicos, instalou 74 máquinas no metaverso
Instalação das máquinas foi feita no metaverso do GTA RolePlay. Foto: Divulgação

Novos serviços nos caixas eletrônicos

Para acompanhar tudo que o avanço tecnológico fez no mundo real e se manter ativa, a TecBan teve que reinventar sua atuação e incluir novos serviços nos caixas eletrônicos, que são seu principal produto. Um exemplo disso é o saque digital, uma funcionalidade que permite ao consumidor retirar dinheiro usando o aplicativo do banco, sem necessidade de cartão físico. A empresa também deu um novo uso a parte das milhares de máquinas instaladas pelo Brasil, fixando um segundo monitor com exibição de vídeos publicitários.

Uma terceira inovação, que tem foco no comércio online, é o serviço de armário inteligente que faz a intermediação entre a entrega de um produto e o pagamento do pedido. Por meio da tecnologia de smart contract -contratos inteligentes, em português-, o locker libera o valor pago ao vendedor apenas quando o item for retirado pelo comprador. Com isso, a empresa quer ampliar a cobertura dos marketplaces, além de dar mais segurança aos clientes.

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Essa é uma das iniciativas aprovadas pelo Lift Challenge (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas) do Banco Central nas discussões sobre o Real Digital. O projeto junta as tecnologias de internet das coisas e contratos inteligentes para dar um sentido maior à futura moeda digital oficial do Brasil. 

“Estes projetos irão auxiliar o Banco Central no processo de desenvolvimento da moeda digital no país. Por isso, nós da TecBan estamos trabalhando muito e discutindo temas como segurança, confidencialidade dos dados do usuário e uso de tecnologias, para que a nossa solução seja extremamente eficiente e torne os processos de transação ainda mais ágeis e descomplicados”, afirma Lopes.