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SÃO PAULO – Se as perspectivas para a resseguradora IRB (IRBR3) já eram positivas, ainda mais na esteira de resultados que animaram o mercado ao mostrar uma história de crescimento da receita e rentabilidade, o cenário se apontou ainda mais positivo com os desdobramentos ocorridos desde a última sexta-feira (15) para a companhia.
Na última sexta, a empresa anunciou que realizará uma oferta pública para a venda das ações que fazem parte do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEduc), gerido pela Caixa. Ao todo, os papéis representam 8,9% do capital da resseguradora. Levando em consideração a cotação de quinta-feira, a operação teria uma movimentação de R$ 2,5 bilhões.
Vale ressaltar que a venda de participação da Caixa no IRB é o primeiro movimento proposto pelo novo presidente do Banco Estatal, Pedro Guimarães, para se desfazer de ativos considerados não essenciais. Essa oferta de ações já era vista como positiva para o IRB, pois aumenta a quantidade de papéis em circulação e a sua liquidez.
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Além disso, nesta segunda-feira, o Valor Econômico destacou que um dos interessados é o megainvestidor Warren Buffett, através de seu veículo de investimentos Berkshire Hathaway.
Tal intenção do “Oráculo de Omaha”, que desde 2017 já indicava interesse na companhia, levou a uma maior visibilidade do mercado para as ações, indicando um impacto positivo para os papéis no curto prazo, conforme ressalta a Levante Ideias de Investimentos.
Ainda faltam mais detalhes, mas já se sabe que a empresa de Buffet negocia a aquisição de uma parte considerável da oferta, “o que é sempre uma chancela positiva para os investidores de qualquer empresa do mundo”, avaliam.
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De acordo com os analistas da Levante, o interesse de Buffet no IRB demonstra a capacidade de crescimento da empresa, com geração de valor para os acionistas.
A aquisição de tal fatia pela Berkshire é vista como parte da tese de investimentos do Brasil Plural na IRB. Afinal, eles já apontavam que uma empresa de resseguro internacional poderia substituir o governo e outros acionistas que não fazem parte do setor. “Isso, em tese, deve reduzir o custo do capital e impulsionar o valuation para outro nível”, avaliam.
Os analistas do Brasil mantêm recomendação outperform (desempenho acima da média) para os ativos, com preço-alvo de R$ 101,70 para 2019, o que configura um potencial de 11,5% em relação ao fechamento da última sexta-feira (15).
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Eles relatam que a participação que a Berkshire pode adquirir provavelmente não será suficiente para colocar um integrante da companhia no Conselho. Assim, vale ficar de olho: a participação do governo (11,7%) e do FIP Barcelona (3%) que estão no controle podem ser necessárias para que isso aconteça.
Desta forma, se a posição líder da IRB em operação de resseguro – pela qual o segurador transfere a outro, total ou parcialmente, um risco assumido através da emissão de uma apólice ou um conjunto delas – já fazia com que a companhia se beneficie do crescimento local ao mesmo tempo em que continua explorando oportunidades lá fora, o cenário com Buffett pode trazer um ambiente mais positivo para a companhia.
Com isso, os investidores estarão bastante aos desdobramentos desta semana, quando deverá ficar acertado qual o tamanho da participação que o veículo de investimentos do Oráculo de Omaha terá na companhia.
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