Brasil deve receber 15,2 milhões de doses da vacina de Oxford em dezembro, afirma Ministério da Saúde

Caso os testes mostrem que a vacina é eficaz, país irá receber um lote de 15,2 milhões de doses na segunda quinzena de dezembro e outro em janeiro

Allan Gavioli

Enfermeiros preparam o Hospital de Verduno, na Itália, para receber os pacientes infectados com o coronavírus (covid-19) (MARCO ALPOZZI/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO)
Enfermeiros preparam o Hospital de Verduno, na Itália, para receber os pacientes infectados com o coronavírus (covid-19) (MARCO ALPOZZI/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO)

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SÃO PAULO – Na última terça (28), Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, afirmou que a pasta acredita que até o fim de dezembro cerca de 15 milhões de brasileiros possam receber a vacina contra a Covid-19 produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, na Inglaterra.

O secretário explica que, caso os testes mostrem que a vacina é eficaz, o país irá receber um lote de de 15,2 milhões de doses na segunda quinzena de dezembro. Haveria ainda um segundo lote com mais 15,2 milhões de doses, que deve ser entregue em janeiro.

Ainda segundo Medeiros, o ministério fechou um acordo para a compra de 100 milhões de doses. Na terceira fase dos testes, a vacina está sendo testada no Brasil com a ajuda da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“Fechamos acordo para o envio de 100 milhões de doses da vacina em três lotes. O número se baseia na campanha de vacinação contra a influenza no Brasil. O primeiro lote deve chegar na primeira quinzena de dezembro, com 15,2 milhões de doses, e o segundo terá o mesmo número de aplicações e chega entre dezembro em janeiro. O terceiro lote, de 70 milhões de doses chega entre março e abril. Se todos os estudos derem certo, nós iremos iniciar a campanha de vacinação em dezembro”, afirmou o secretário em entrevista à CNN.

Medeiros também explicou como deve ser a primeira etapa da campanha de vacinação. Segundo ele, equipes da pasta estão montando uma estratégia de aplicação das vacinas de forma segura, priorizando pessoas mais idosas, aqueles com comorbidades e os profissionais da saúde, que estão na linha de frente no combate à doença e precisam de proteção.

O secretário ainda afirmou que o acordo entre governo brasileiro e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca garante ao país a possibilidade de produzir nacionalmente a vacina no laboratório da Fiocruz em Bio Manguinhos, no Rio de Janeiro.

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“Nessa encomenda com a Oxford e a AstraZeneca, o governo brasileiro assumiu compromisso de transferência de tecnologia para termos autonomia de produção da vacina, que será produzida no laboratório de Bio Manguinhos”, disse o Medeiros.

“Somos 210 milhões de brasileiros e temos 100 milhões de doses, diante do momento que estamos vivendo e diante da procura mundial, o nosso primeiro planejamento é apenas em cima desses 100 milhões, mas, obviamente, com a perspectiva de expandirmos esse número”, explica o secretário.

Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.