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SÃO PAULO – Mergulhada na pior crise de sua história, a Boeing, pela primeira vez em décadas, registrou mais cancelamentos do que novos pedidos em 2019. No ano, após os cancelamentos, foram entregues apenas 54 aeronaves.
No balanço de vendas informado no seu site oficial, a Boeing mostrou um resultado negativo em relação aos pedidos, com 87 unidades canceladas. Nesse mesmo relatório, a Boeing afirmou ter recebido apenas 246 pedidos brutos, o menor número desde 2003. Com grande parte desses pedidos sendo do 737 Max, proibido de voar.
A companhia também viu seu lucro operacional despencar 97% nos três primeiros trimestres de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018.
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Em entrevista à CNBC, rede americana de televisão, um porta-voz da Boeing disse que essa era a primeira vez que a companhia fechava um ano com o balanço de pedidos no vermelho em mais de 30 anos..
Em um e-mail enviado para todos os funcionários da Boeing, Dave Calhoun, CEO da companhia, afirmou que colocar o 737 Max de volta aos céus é a prioridade máxima. “Conto com a força de nossa equipe. Estou confiante no futuro da Boeing, incluindo o 737 Max”, escreveu o executivo no e-mail.
Para colocar o 737 Max nos ares novamente, o CEO deverá provar para a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) que o modelo é seguro. Oficiais do órgão acreditam que até o fim desse mês o avião possa ser liberado para realizar um voo teste de certificação.
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Crise alavanca concorrente
Se os números da Boeing já são o suficiente para mostrar que 2019 foi um péssimo ano para a companhia, o cenário fica pior quando vemos que a sua maior concorrente teve um ótimo ano para seus negócios.
Apenas do modelo A320, o concorrente direto do 737, a Airbus, companhia europeia de aviação, entregou 654 aeronaves esse ano. Para efeito de comparação, isso é cerca de cinco vezes o montante de 737 entregues durante o ano de 2019 pela empresa americana
No total, a Airbus terminou o ano de 2019 com 768 pedidos líquidos de suas aeronaves comerciais, um resultado infinitamente melhor do que o saldo negativo da Boeing.
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A Boeing também mostrou que a produção da empresa também diminuiu consideravelmente, registrando uma diminuição de 52% em relação aos números 2018. No ano retrasado, a companhia atingiu a máxima histórica ao produzir 806 aeronaves. No ano passado, a produção foi de 380.
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