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Nos planos de investimentos da Boa Safra (SOJA3) para 2023, a empresa destinou R$ 150 milhões para aumentar a produção de sementes de soja e milho no Brasil. Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (19), o capital vai permitir que a empresa aumente em 40% sua capacidade até 2027.
A maior parte deste recurso, cerca de R$ 107 milhões, será para construir um centro de distribuição na cidade de Paraíso, no Tocantins, o terceiro espaço fora do estado de Goiás. Esse é o primeiro passo na empresa na região norte do país, onde a companhia ainda não estava presente.
A meta da Boa Safra é encerrar o ano com uma capacidade produtiva de sementes de soja em 240 mil big bags de soja e chegar até 360 mil em 2027. Já para a cultura do milho, a expectativa é saltar de 13,3 mil big bags para 132 mil big bags por ano, o que representaria um avanço de 10 vezes.
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“Estamos animados com as perspectivas do mercado e por isso prevemos um investimento total de mais de R$150 milhões em nossas capacidades produtivas. Temos certeza de que o mercado vai responder à nossa expectativa”, afirmou Marino Colpo, CEO da Boa Safra.
Atualmente, a companhia mantém produção de sementes de soja, milho, feijão e forrageiras [plantas usadas como alimento para animais], mas quer diversificar sua atuação e entrar também nos mercado de trigo e sorgo. “Sem perder o foco na soja, que é o nosso carro-chefe, a Boa Safra trabalha sempre pensando em variar as fontes de renda, diversificando o negócio”, disse Felipe Marques, diretor financeiro.
A Boa Safra chegou à bolsa de valores em 2021, em um IPO que movimentou cerca de R$ 460 milhões, com as ações negociadas a R$ 9,90. No fechamento do primeiro dia, as ações fecharam em R$ 14,75, mas, de lá para cá, os papéis da marca agrícola acumulam 29% de queda, com cotação média de R$ 11,50.
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Apesar do desempenho negativo, algumas das principais corretas de investimentos mantém recomendação de compra para o ativo. A XP Investimentos, por exemplo, aposta em um preço-alvo de R$ 18 por ação, enquanto a Genial projeta R$ 20.
M&A pelo caminho
Desde a listagem na B3, a companhia tem falado sobre fusões e aquisições de outras empresas. Em entrevista ao InfoMoney, logo após a operação, Colpo chegou a dizer que tinha feito algumas visitas e que já tinham projetos na mesa.
Nesta quarta, o executivo voltou a tocar no assunto, mas sem dar muitos detalhes: “estamos atentos às oportunidades. Acreditamos que, com juros altos, seja um bom momento para realizar fusões e aquisições, desde que a empresa tenha sinergia com a nossa organização e negócio”, apontou.