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Nesta sexta-feira (10), a consultoria Interbrand divulgou seu ranking anual com as 25 marcas mais valiosas do Brasil.
O primeiro colocado foi o banco Itaú (ITUB4), com um valor de marca de R$ 40,5 bilhões, seguido pelo Bradesco (BBDC4), cuja marca vale R$ 27,5 bilhões, e pela Skol, do grupo da Ambev (ABEV3), que vale R$ 18,8 bilhões. Em quarto lugar aparece a Brahma com 12,7 bilhões e o top cinco se encerra com a Natura (NTCO3), que alcançou R$ 10,2 bilhões de valor de marca.
Todas as cinco empresas mantiveram as respectivas posições na comparação com o ranking do ano passado.
Nesta edição, duas empresas aparecem no ranking como novidade: a Claro, com R$ 1 bilhão de valor, e a Hering, com R$ 520 milhões de valor de marca.
Durante a coletiva de imprensa, Laura Miloski, diretora executiva da Interbrand São Paulo, explicou como a consultoria seleciona as empresas e chega ao ranking final.
“Partimos das maiores empresas que existem no Brasil, mas para concorrerem a um lugar no ranking precisam seguir cinco critérios macros. São eles: ser uma empresa de origem brasileira; ter informações financeiras públicas; publicar os resultados individuais das marcas que possui; gerar lucro econômico positivo; e atingir um índice de Força de Marca igual maior que 50 pontos”, diz.
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Para chegar aos valores financeiros, o levantamento utiliza metodologia de avaliação de marca feita em parceria com a London School of Economics, que analisa performance financeira, percepção e influência das marcas junto aos consumidores.
Além disso, a consultoria faz uma análise da Força de Marca, apoiada por uma pesquisa quantitativa realizada pela Provokers.
“A Força de Marca é um diagnóstico de como a marca está performando e onde precisa melhorar. A nota final deste item é baseada em dez atributos divididos em três pilares: liderança, engajamento e relevância. As empresas selecionadas para o ranking recebem para cada atributo uma nota de 1 a 10 e a soma de todos os atributos resulta na Força de Marca. Se for maior ou igual a 50 pontos, está apta a entrar no índice”, explica Laura.
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Assim, o resultado final inclui as análises financeiras mais a performance de Força de Marca. Vale ressaltar que o estudo faz um cálculo de valor de marca, e não avalia o valor de mercado das empresas, atributo mais tradicional e calculado pelo mercado financeiro.
“O que estamos percebendo são as marcas cada vez mais apostando em produtos, negócios e nicho que extrapolam sua categoria de origem. Bancos no varejo, varejo no sistema financeiro, telecomunicações na educação, entre outras misturas de fronteiras. As princiias ameaças e oportunidades estão fora do centro de seus setores. Por isso, olhar apenas para a sua categoria cria pontos cegos de oportunidades”, avalia Rodrigo Marques, diretor executivo da Interbrand também presente na coletiva online.
O estudo deste ano considerou 137 marcas, todas as regiões do país e mais de 1000 entrevistas feitas em outubro deste ano.
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O ranking é feito há mais de 20 anos e as empresas que fazem parte dele precisam ter origem brasileira. Confira a lista completa:
Empresas mais valiosas | Valor de marca, segundo o estudo | Posição no ranking de 2020 |
1. Itáu | R$ 40,53 bilhões | 1ª |
2. Bradesco | R$ 27,51 bilhões | 2ª |
3. Skol (Ambev) | R$ 18,82 bilhões | 3ª |
4. Brahma (Ambev) | R$ 12,78 bilhões | 4ª |
5. Natura | R$ 10.22 bilhões | 5ª |
6. Banco do Brasil | R$ 9,89 bilhões | 6ª |
7. Petrobras | R$ 3,27 bilhões | 7ª |
8. Magazine Luiza | R$ 2,9 bilhões | 9ª |
9. Vivo | R$ 2,83 bilhões | 8ª |
10. Americanas | R$ 1,79 bilhão | 12ª |
11. XP Inc. | R$ 1,77 bilhão | 10ª |
12. Renner | R$ 1,74 bilhão | 11ª |
13. Ipiranga | R$ 1,16 bilhão | 13º |
14. Claro [nova] | R$ 1,08 bilhão | Não estava no ranking 2020 |
15. Cielo | R$ 1,06 bilhão | 14ª |
16. Drogasil | R$ 1,05 bilhão | 15ª |
17. Porto Seguro | R$ 883 milhões | 16ª |
18. Havaianas | R$ 860 milhões | 17ª |
19. Casas Bahia | R$ 706 milhões | 18ª |
20. Assaí | R$ 654 milhões | 19ª |
21. Atacadão | R$ 608 milhões | 20ª |
22.PagSeguro | R$ 570 milhões | 22ª |
23. SulAmerica | R$ 564 milhões | 21ª |
24. Localiza | R$ 551 milhões | 23ª |
25. Hering [nova] | R$ 520 milhões | Não estava no ranking 2020 |
Laura ressalta a evolução das empresas do ranking ao longo do tempo. “Em 2010, a 25ª posição valia R$ 87 milhões, em 2017 a última empresa do ranking valia R$ 413 milhões. Neste ano, a Hering vale R$ 520 milhões”, diz.
Crescimento expressivo
O estudo também mostra que o crescimento médio do valor das marcas da tabela nesse ano foi de 9%, demonstrando uma rápida recuperação em resposta ao contexto desafiador da pandemia no Brasil.
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Cinco dessas marcas apresentaram crescimento percentual em dois dígitos: Magazine Luiza (66%), apesar do ano bastante difícil, com ações caindo mais de 70% no acumulado do ano; Lojas Americanas (25%), Havaianas (16%), Assaí (13%) e Renner (12%).
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