As 25 marcas mais valiosas do Brasil em 2021, segundo a Interbrand

Estudo considera critérios como origem brasileira; informações financeiras públicas; resultados de marcas; dar lucro; e índice de força de marca

Giovanna Sutto

Ilustração mostra o efeito dominó nos negócios (ridvan_celik/GettyImages)
Ilustração mostra o efeito dominó nos negócios (ridvan_celik/GettyImages)

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Nesta sexta-feira (10), a consultoria Interbrand divulgou seu ranking anual com as 25 marcas mais valiosas do Brasil.

O primeiro colocado foi o banco Itaú (ITUB4), com um valor de marca de R$ 40,5 bilhões, seguido pelo Bradesco (BBDC4), cuja marca vale R$ 27,5 bilhões, e pela Skol, do grupo da Ambev (ABEV3), que vale R$ 18,8 bilhões. Em quarto lugar aparece a Brahma com 12,7 bilhões e o top cinco se encerra com a Natura (NTCO3), que alcançou R$ 10,2 bilhões de valor de marca.

Todas as cinco empresas mantiveram as respectivas posições na comparação com o ranking do ano passado.

Nesta edição, duas empresas aparecem no ranking como novidade: a Claro, com R$ 1 bilhão de valor, e a Hering, com R$ 520 milhões de valor de marca.

Durante a coletiva de imprensa, Laura Miloski, diretora executiva da Interbrand São Paulo, explicou como a consultoria seleciona as empresas e chega ao ranking final.

“Partimos das maiores empresas que existem no Brasil, mas para concorrerem a um lugar no ranking precisam seguir cinco critérios macros. São eles: ser uma empresa de origem brasileira; ter informações financeiras públicas; publicar os resultados individuais das marcas que possui; gerar lucro econômico positivo; e atingir um índice de Força de Marca igual maior que 50 pontos”, diz.

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Para chegar aos valores financeiros, o levantamento utiliza metodologia de avaliação de marca feita em parceria com a London School of Economics, que analisa performance financeira, percepção e influência das marcas junto aos consumidores.

Além disso, a consultoria faz uma análise da Força de Marca, apoiada por uma pesquisa quantitativa realizada pela Provokers.

“A Força de Marca é um diagnóstico de como a marca está performando e onde precisa melhorar. A nota final deste item é baseada em dez atributos divididos em três pilares: liderança, engajamento e relevância. As empresas selecionadas para o ranking recebem para cada atributo uma nota de 1 a 10 e a soma de todos os atributos resulta na Força de Marca. Se for maior ou igual a 50 pontos, está apta a entrar no índice”, explica Laura.

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Assim, o resultado final inclui as análises financeiras mais a performance de Força de Marca. Vale ressaltar que o estudo faz um cálculo de valor de marca, e não avalia o valor de mercado das empresas, atributo mais tradicional e calculado pelo mercado financeiro.

“O que estamos percebendo são as marcas cada vez mais apostando em produtos, negócios e nicho que extrapolam sua categoria de origem. Bancos no varejo, varejo no sistema financeiro, telecomunicações na educação, entre outras misturas de fronteiras. As princiias ameaças e oportunidades estão fora do centro de seus setores. Por isso, olhar apenas para a sua categoria cria pontos cegos de oportunidades”, avalia Rodrigo Marques, diretor executivo da Interbrand também presente na coletiva online.

O estudo deste ano considerou 137 marcas, todas as regiões do país e mais de 1000 entrevistas feitas em outubro deste ano.

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O ranking é feito há mais de 20 anos e as empresas que fazem parte dele precisam ter origem brasileira. Confira a lista completa:

Empresas mais valiosas  Valor de marca, segundo o estudo Posição no ranking de 2020 
1. Itáu R$ 40,53 bilhões
2. Bradesco R$ 27,51 bilhões
3. Skol (Ambev) R$ 18,82 bilhões
4. Brahma (Ambev) R$ 12,78 bilhões
5. Natura R$ 10.22 bilhões
6. Banco do Brasil R$ 9,89 bilhões
7. Petrobras R$ 3,27 bilhões
8. Magazine Luiza R$ 2,9 bilhões
9. Vivo R$ 2,83 bilhões
10. Americanas R$ 1,79 bilhão 12ª
11. XP Inc. R$ 1,77 bilhão 10ª
12. Renner R$ 1,74 bilhão 11ª
13. Ipiranga R$ 1,16 bilhão 13º
14.  Claro [nova]  R$ 1,08 bilhão Não estava no ranking 2020
15. Cielo R$ 1,06 bilhão 14ª 
16. Drogasil R$ 1,05 bilhão 15ª
17. Porto Seguro R$ 883 milhões 16ª
18. Havaianas R$ 860 milhões 17ª
19. Casas Bahia R$ 706 milhões 18ª 
20. Assaí R$ 654 milhões 19ª
21. Atacadão R$ 608 milhões 20ª
22.PagSeguro R$ 570 milhões 22ª
23. SulAmerica R$ 564 milhões 21ª
24. Localiza R$ 551 milhões 23ª
25. Hering [nova]  R$ 520 milhões Não estava no ranking 2020

Laura ressalta a evolução das empresas do ranking ao longo do tempo. “Em 2010, a 25ª posição valia R$ 87 milhões, em 2017 a última empresa do ranking valia R$ 413 milhões. Neste ano, a Hering vale R$ 520 milhões”, diz.

Crescimento expressivo

O estudo também mostra que o crescimento médio do valor das marcas da tabela nesse ano foi de 9%, demonstrando uma rápida recuperação em resposta ao contexto desafiador da pandemia no Brasil.

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Cinco dessas marcas apresentaram crescimento percentual em dois dígitos: Magazine Luiza (66%), apesar do ano bastante difícil, com ações caindo mais de 70% no acumulado do ano; Lojas Americanas (25%), Havaianas (16%), Assaí (13%) e Renner (12%).

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Giovanna Sutto

Jornalista com mais de 6 anos de experiência na cobertura de finanças pessoais, meios de pagamentos, economia e carreira. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.