Após encontrar dois “poços secos”, HRT dá início a 3° perfuração na Namíbia

Empresa diz que inicia perfuração com o mesmo otimismo de antes; estimativa é que a conclusão da operação seja divulgada em cerca de 53 dias

Paula Barra

Torre de petróleo em North Dakota, nos Estados Unidos
Torre de petróleo em North Dakota, nos Estados Unidos

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SÃO PAULO – A HRT Petróleo (HRTP3) informou na noite desta terça-feira (6) que deu início à perfuração no poço Moosehead-1, o terceiro poço offshore (em alto mar) de sua campanha exploratória na Namíbia.

Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta noite, a empresa informa que é prevista a perduração de várias rochas geradoras, incluindo a geradora Aptiana, que se espera ser geradora de óleo, de acordo com a modelagem realizada pela HRT. O objetivo principal desse poço é testar o potencial para óleo de reservatórios carbonáticos de idade Barremiana, considerados equivalentes aos reservatórios do pré-sal do Brasil e da Angola. 

“Após a perfuração dos dois primeiros poços na Bacia de Walvis, deslocamo-nos para a Bacia de Orange para a perfuração do nosso terceiro poço e, dessa forma, testar uma estrutura gigante, onde os reservatórios alvos são equivalentes aos prospectos do sub-sal na Bacia de Santos, considerados análogos. Iniciamos esse poço com o mesmo otimismo que nos levou a projetar esses três poços exploratórios”, escreveu a empresa em comunicado. 

O poço Moosehead-1 situa-se em lâminas d’água de 1.727 metros e será perfurado a uma profundidade total prevista de 4.100 metros pela sonda semi-subsversível Transocean Marianas. O tempo total estimado para a conclusão da operação é de aproximadamente 53 dias. 

A HRT é operadora de 10 blocos no offshore da Namíbia, que estão distribuídos em quatro licenças exploratórias. A companhia Galp Energia, com 14% de participação é parceira da HRT na perfuração dos três primeiros poços da atual campanha exploratória. 

Passado negro
No fim de julho, a empresa informou a existência de mais um poço seco na Namíbia, no prospecto de Morumbe. Na ocasião, a empresa informou que estava ainda em uma “curva de aprendizado” na exploração das bacias da Namíbia. O primeiro foi anunciado, em maio, na Bacia de Walvis.