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Larissa de Macedo Machado, mais conhecida pelo nome artístico Anitta, deu mais um passo em direção ao mundo da tecnologia. A cantora e empresária anuncia nesta quinta-feira (26) ter se tornado investidora da Fazenda Futuro, startup que fabrica proteínas que imitam o gosto das carnes animais usando apenas ingredientes vegetais (plant based).
A foodtech não divulga quanto foi investido pela cantora e empresária, nem qual a participação dela no negócio. A Fazenda Futuro foi avaliada em R$ 2,2 bilhões em sua última captação com investidores, em novembro de 2021. O aporte de Anitta entra como uma extensão dessa rodada de investimento.
Sem dar muitos detalhes, Marcos Leta, CEO e fundador da empresa, afirma que Anitta irá “somar ao time, trazendo toda sua experiência como empresária e com o marketing”. “Teremos novidades atreladas a ela que em breve compartilharemos”, diz.
“Comer bem pode ser saboroso, nutritivo e fazer bem para o meio ambiente; trazer opções para a mesa das pessoas é maravilhoso. Eu acredito nessa ideia, e isso me fez decidir entrar para a empresa”, afirma Anitta em entrevista por e-mail ao Do Zero Ao Topo, marca de empreendedorismo do InfoMoney.
“Minha história com a Fazenda Futuro começou faz um tempo já. Em um dos meus aniversários, pedi para que providenciassem hambúrgueres à base de plantas. Fiquei louca com os da Fazenda Futuro, e comecei a me interessar mais pelo setor e pela empresa. Adorei a equipe, e fechamos negócio.”
Além da proposta do negócio e da equipe, a cantora e empresária também destacou a transformação do setor de alimentos por meio da tecnologia. “Decidi ser sócia da Fazenda Futuro principalmente por acreditar que a tecnologia de alimentos veio para ficar. (…) [Eu e a Fazenda Futuro] compartilhamos dos mesmos propósitos”, afirma.
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Esta não é a primeira aposta de Anitta em negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos – ela também faz parte do conselho da fintech Nubank.
Anitta ressalta sua experiência como empresária e na área de administração. “Sou sócia e participarei sempre que necessário na gestão dos negócios. Estou na Fazenda Futuro para somar e ajudar na democratização e crescimento da categoria no Brasil”.
Recentemente, a empresária também lançou um curso de empreendedorismo em parceria com a instituição de ensino Estácio. “A importância do empreendedorismo para o país é gigante. É empreendendo que desenvolvemos nossas capacidades e que geramos emprego, ciências, tecnologias e riquezas para o país”, afirma Anitta.
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O negócio da Fazenda Futuro
A Fazenda Futuro foi criada em abril de 2019, pelo empreendedor Marcos Leta. Além de um hambúrguer feito com plantas, a foodtech têm emulações de almôndegas, atum, carne moída, frango em pedaços e linguiça de pernil. Alguns ingredientes usados são beterraba, ervilha, gordura de coco, óleo de canola e soja. O objetivo é atrair não apenas vegetarianos e veganos, mas também consumidores da carne comum. A startup tem 190 tipos de produtos (SKUs), comercializados em 30 países.
A história da Fazenda Futuro foi tema do episódio 99 do podcast Do Zero ao Topo. Nele, Leta falou sobre seu começo no empreendedorismo com a marca de sucos Do Bem; os primeiros anos da Fazenda Futuro; e o futuro da alimentação a base de plantas:
A captação de novembro de 2021 foi usada principalmente para expandir para os Estados Unidos. A Fazenda Futuro está no maior mercado plant based do mundo desde outubro de 2021, com seus produtos em site de e-commerce como Amazon Fresh e em espaços físicos como os restaurantes dentro do estádio do time de basquete Golden State Warriors.
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Mesmo assim, o Brasil ainda é o maior país para a foodtech. Leta afirma que a categoria plant based ainda é muito nova e apresenta grandes taxas de crescimento. “Os consumidores estão cada vez mais procurando opções diferentes de alimentação, que sejam saborosas e até conscientes. (…) Nossos lançamentos são pedidos por consumidores que estão à procura de mais opções à base de plantas. Isso já é um grande sinal de como o mercado está se movimentando positivamente”, diz Leta ao Do Zero Ao Topo.
Leta aposta em um futuro em que proteínas a base de plantas recebam apoio governamental, impulsionado pela demanda dos consumidores e das grandes empresas de alimentação. “Acredito que o grande consumo por parte do público tem atraído grandes empresas a entrarem no mercado plant based também. Elas podem nos ajudar a conseguir aumentar nossa escala de produção, o que diminuiria o valor final do produto. Essas companhias também podem chamar a atenção de subsídios governamentais, assim como eles existem para a carne e para outros produtos de origem animal”, afirma o fundador.
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