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A Aneel determinou que a Light (LIGT3) tem 15 dias para apresentar uma nova versão do seu Plano de Resultados, documento exigido anualmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A primeira versão do plano foi reprovada por omitir as informações sobre viabilidade financeira da empresa, que só poderão ser asseguradas a partir do acordo que deve ser discutido na próxima semana junto a acionistas e credores.
Em nota distribuída no fim da tarde, a Aneel esclareceu que a intimação não está relacionada ao plano de Recuperação Judicial, do qual a Aneel é parte, mas sim no âmbito da instrução de processo administrativo.
De todo modo, a intimação de que as informações sobre o equilíbrio econômico-financeiro da empresa dá o senso de urgência do acordo que começará a ser discutido no dia 14 de julho pela atual administração da companhia e seus assessores. A proposta será apresentada aos acionistas e deve trazer como alternativas para a companhia a capitalização e a reestruturação da dívida, estimada hoje em R$ 11 bilhões, sendo R$ 6,3 bilhões em debêntures distribuídas entre diversos fundos de investimento.
Será somente a partir da apresentação desse plano e, principalmente, da posse do novo conselho de administração, que as negociações começarão a acontecer. No dia 18 de julho, haverá a Assembleia Geral Extraordinária, que analisará a indicação da nova composição do conselho feita pelo empresário Nelson Tanure, que hoje detém 28% do capital da Light.
Os nomes a serem analisados são do o próprio Tanure, que ocuparia uma posição como conselheiro independente, e dos executivos Firmino Ferreira Sampaio Neto e Abel Alves Rochinha, que ocupam, respectivamente, as cadeiras de vice-presidente e presidente do colegiado da distribuidora de energia atualmente. Também foram enviados os nomes de Hélio Paulo Ferraz e Yuiti Matsuo Lopes, que já são membros independentes do Conselho de Administração da Light. Para a presidência do conselho foi indicado Hélio Costa, ex-senador e ex-ministro das Comunicações.
Tanure tem negociado com os credores representando o bloco de acionistas majoritários da companhia, que inclui, além do empresário, o investidor Ronaldo Cézar Coelho e Beto Sicupira. Segundo fontes que acompanham as negociações, esse grupo tem sinalizado com disposição para capitalizar a companhia e fazer alterações no management, condições exigidas pelos credores para que haja um acordo de alongamento da dívida.
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