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SÃO PAULO – As corretoras Ativa e a Concórdia apresentaram opiniões divergentes em relação ao interesse da Ternium por uma fatia de 26% da participação da Usiminas (USIM3; USIM5), atualmente detida pela Camargo Corrêa (CCIM3) e a Votorantim. A Ternium confirmou a negociação de compra em comunicado, mas não apresentou especificações em relação ao tamanho da fatia e o valor ofertado.
Segundo a analista Daniella Maia, da Ativa, a operação de compra não deve se concretizar, já que a CSN (CSNA3) e a Gerdau (GGBR4) poderiam oferecer um prêmio maior do que a Ternium pelas ações, devido ao alto potencial de ganho com as sinergias.
Além disso, Daniella afirma que ainda não está claro se a saída da Camargo Corrêa e da Votorantim para a entrada de um novo sócio levaria à execução do tag along, mecanismo de proteção para o acionista minoritário.
Já o analista da Concórdia, Leonardo Zanfelicio, acredita que após a compra da participação pela Ternium, a Usiminas pode ganhar em eficiência e competitividade. A Ternium, que já tem como foco o setor siderúrgico, pode abrir novos mercados para os produtos da companhia brasileira, afirmou Zanfelicio.
Recomendações
A Ativa não recomenda a entrada nos papéis USIM3, devido ambiente de incertezas e a baixa visibilidade dos ativos neste momento. Por outro lado, a corretora manteve a sugestão de manter as ações USIM5, com preço-alvo para junho de 2012 de R$ 18,60 – o que configura um potencial de valorização de 56,04% em relação ao fechamento de quinta-feira (17).
Enquanto a operação não se concretiza, Zanfelicio mantém a recomendação de manutenção para as ações preferenciais da Usiminas, com preço-alvo de R$ 14,83 por ativo, com potencial de valorização de 24,41% frente o último fechamento.