Amazon, Sony e Intel dão para trás e maior evento de tecnologia móvel do mundo fica ameaçado

Os organizadores se reunirão nessa sexta-feira (14) para decidir se devem ou não prosseguir com o evento de tecnologia móvel

Allan Gavioli

(Reprodução/Facebook)
(Reprodução/Facebook)

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SÃO PAULO – Programado para ocorrer em Barcelona, na Espanha, no fim de fevereiro – entre os dias 23 e 27 -, o Mobile World Congress (MWC), o maior evento de tecnologia móvel do mundo, pode estar ameaçado pelo surto do coronavírus.

Intel, Amazon, Sony, Ericsson, Cisco, Facebook, Nvidia, LG Electcronics e NTT DoCoMo estão entre as companhias que confirmaram recentemente que não participarão do evento, que no ano passado contou com quase 110 mil participantes de 198 países.

“A segurança e o bem-estar de todos os nossos funcionários e parceiros são nossa principal prioridade, e nos retiramos do Mobile World Congress deste ano com muita cautela. Somos gratos à GSMA por sua compreensão e esperamos participar e apoiar futuros eventos do Mobile World Congress”, disse um comunicado da Intel na última terça-feira (11).

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A mídia espanhola informou que os organizadores se reunirão nesta sexta-feira (14) para decidir se devem ou não prosseguir com o evento. Um porta-voz da GSMA, uma organização representa o setor móvel e que está por trás do evento, disse que não comentará até que as reuniões internas aconteçam.

Apesar das medidas da GSMA para tentar garantir a segurança do evento, como a proibição de viajantes da província de Hubei ou aqueles que não conseguem provar que estão fora da China há 14 dias, além de uma triagem de temperatura constante no evento, o medo do vírus (que passa dos 40 mil infectados) é alto o suficiente para assustar grandes players do mercado.

A Xiaomi,  grupo de eletrônicos chinês, escreveu em seu Twitter, na última terça-feira (11), que participará do evento de tecnologia, mas garante que os funcionários da China vão seguir as diretrizes impostas pelo evento e que o estande será ocupado por funcionários locais de escritórios europeus.

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Enquanto isso, Barcelona tem lutado com os benefícios e riscos de sediar, no meio de um surto global, um evento que, segundo a própria GSMA, vale 500 milhões de euros (cerca de US$ 546) e deve gerar aproximadamente 14 mil empregos temporários na cidade espanhola.

“Do ponto de vista de segurança e saúde, podemos garantir que todas as medidas necessárias serão tomadas”, afirmou Jaume Collboni, vice-prefeito de Barcelona, ​​que se esforçou para tranquilizar possíveis visitantes em uma entrevista para uma emissora espanhola.

A Espanha teve, até agora, apenas dois casos confirmados até o momento, mas ambos os casos são de não espanhóis que contraíram a doença fora do país. Ambos voltavam da China, segundo informações da imprensa do país.

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Oriol Mitjà, professor associado da Fundação Fight AIDS and Infectious Diseases em Barcelona, ​​escreveu em um tuíte na última segunda-feira (10) que cancelar o evento seria uma jogada sensata, dadas as muitas chegadas vindas da região asiática. Ele acredita que esse novo coronavírus possui entre 20% a 30% de chance de virar um surto pandêmico.

“O custo de cancelar o evento #MWC2020 é inferior ao custo de ter que controlar uma potecial epidemia. Quem pagaria os gastos com o controle da doença? A GSMA ou o ICS [Centro de Saúde da Catalunha]?”, diz o tuíte de Mitjà.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.