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A Amazon planeja demitir aproximadamente 10.000 pessoas em áreas de tecnologia e administrativa a partir desta semana, escreveu o jornal americano The New York Times citando pessoas com conhecimento do assunto, no que seria o maior corte de empregos da história da empresa.
Ainda segundo o jornal, os cortes devem se concentrar no setor de dispositivos da Amazon, o que inclui a assistente de voz Alexa. A divisão de varejo e a área de recursos humanos também devem ser afetadas pelos cortes.
O número total de demissões deve ficar em torno de 10.000, e representaria cerca de 3% dos funcionários corporativos da Amazon e menos de 1% de sua força de trabalho global de mais de 1,5 milhão.
Com as demissões, a gigante de varejo se tornaria a mais recente empresa de tecnologia a integrar a lista das companhias que fizeram layoffs recentemente, como a Meta, que desligou 13% dos funcionários e o Twitter, que dispensou metade da sua força de trabalho depois da compra da plataforma por Elon Musk.
Reorganização
A redução de quadro acontece em um momento curioso: próximo à maior temporada de compras do varejo, que começa em novembro, com a Black Friday, e vai até o fim do ano, depois do natal.
Os cortes também acontecem depois de o aumento do consumo via comércio eletrônico provocados pela pandemia e do aumento da busca por serviços de computação na nuvem produzirem alguns dos trimestres mais lucrativos já registrados pela varejista. Com o retorno positivo, a Amazon chegou a dobrar sua força de trabalho e canalizou seus ganhos para expansão e experimentação para encontrar as próximas grandes novidades.
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Mas no início deste ano, o crescimento da Amazon desacelerou para a taxa mais baixa em duas décadas.
Depois de dois trimestres no prejuízo, no último trimestre, a companhia reportou lucro líquido de US$ 2,9 bilhões, queda de 9,37% na comparação com o resultado de um ano atrás. O número, contudo, foi ofuscado por uma piora nas projeções da empresa para o quarto trimestre, o que fez os papeis da varejista caírem mais de 20%.
Leia também: Amazon (AMZO34) é 1ª empresa dos EUA a perder US$ 1 tri em valor de mercado
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No comunicado que acompanhou os resultados, o CEO Andy Jassy afirmou que “obviamente, há muita coisa acontecendo no ambiente macroeconômico”. E disse ainda que “vamos equilibrar nossos investimentos para serem mais simplificados, sem comprometer nossas principais apostas estratégicas de longo prazo.”
Na última semana, a varejista se tornou a primeira empresa dos Estados Unidos a perder US$ 1 trilhão em valor de mercado.
Procurada pela reportagem de InfoMoney, a Amazon não se posicionou até a publicação. O espaço segue aberto caso a empresa queira se pronunciar.