Alliar (AALR3) reafirma Credit Suisse como coordenador de sua OPA após fusão com UBS

Empresa de medicina havia anunciado na sexta-feira o CS como responsável por sua oferta pública de aquisição, antes do anúncio da compra pelo UBS

Rikardy Tooge

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A Alliar (AALR3) reafirmou nesta segunda-feira (20) que não há mudanças em vista sobre sua oferta pública de aquisições de ações (OPA) que será coordenada pela operação brasileira do Credit Suisse.

“A Alliar esclarece que todas as informações sobre o tema foram disponibilizadas no edital e no Fato Relevante divulgado no dia 17 de março de 2023, não havendo nenhuma alteração nos termos apresentados”, afirma a empresa, em nota enviada ao InfoMoney.

Na última sexta-feira (17), a empresa de medicina havia anunciado o prosseguimento da OPA com o Credit Suisse como responsável pelo leilão, em detrimento de outros bancos de investimento, como Citi, BTG e Santander.

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No entanto, no domingo (19), o governo da Suíça anunciou a fusão entre o Credit Suisse e o UBS, em um negócios de US$ 3,2 bilhões, que busca garantir a estabilidade do sistema bancário no país. Com isso, ainda não há respostas sobre como ficarão as operações internacionais dos dois bancos, em especial no Brasil.

Procurados, o UBS BB e o Credit Suisse no Brasil informaram que não têm comentários adicionais ao que foi anunciado por suas matrizes no último domingo.

Para gestores ouvidos pelo InfoMoney, a tendência é que a OPA da Alliar e outras operações já contratadas pelo Credit Suisse no Brasil sigam normalmente. No entanto, a captação de novos negócios deverá caminhar mais devagar diante das mudanças que poderão ocorrer.

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“Eu entendo que a operação [OPA da Alliar] será tocada normalmente, afinal é um contrato. Não existe motivo para não dar sequência. Agora, atrasos no pipeline são razoáveis neste momento, mas não isso deve afetar as operações que já estão ‘na rua’”, diz a fonte.

Outro experiente profissional com passagem pelo CS vê que a fusão deverá fortalecer a operação brasileira dos dois bancos suíços. Ele aponta que as divisões de private banking e banco de investimentos deverão ganhar tração com a fusão.

“Vejo que deverá sair um banco robusto. Vão juntar os melhores profissionais dos dois bancos. Obviamente haverá um tempo para realocar todos os profissionais por conta da semelhança de cargos. Mas vejo que será uma instituição ‘parruda’”, reforça.

Rikardy Tooge

Repórter de Negócios do InfoMoney, já passou por g1, Valor Econômico e Exame. Jornalista com pós-graduação em Ciência Política (FESPSP) e extensão em Economia (FAAP). Para sugestões e dicas: rikardy.tooge@infomoney.com.br