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SÃO PAULO – Apontadas umas das empresas mais afetadas pela crise provocada pelo novo coronavírus, as companhias aéreas terão uma ajuda de R$ 3,6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirmou Leonardo Mendes Cabral, diretor de Privatização da instituição, que participou do anúncio do resultado financeiro do BNDES relativo ao segundo trimestre.
A ajuda total às companhias, que, além do banco, inclui outros parceiros privados, será na casa de R$ 6 bilhões. As maiores companhias aéreas do Brasil, Azul, Latam e Gol, poderão ter acesso aos recursos, desde que cumpram certas condições, como a renegociação de suas dívidas com os credores.
“O ponto importante na transação do BNDES (com as companhias aéreas) é que ela será de valor de mercado sem subsídios por parte do BNDES, do governo”, ressaltou Cabral.
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Em live do InfoMoney, o CEO e o CFO da Azul detalharam como negociaram com fornecedores para preservar o caixa da empresa. Ainda segundo a aérea, a empresa conseguiu postergar o pagamento de dívidas com 98% dos arrendadores e recompôs seu caixa para R$ 3 bilhões.
Ainda em maio, as três aéreas já haviam aderido ao pacote de socorro apresentado pelo BNDES, que previa uma ajuda financeira de R$ 2 bilhões a cada companhia.
Alta no crédito
Dados do Banco Central mostram que, devido aos impactos da crise provocada pelo novo coronavírus, o banco de fomento concedeu R$ 17,2 bilhões de crédito a empresas de todos os portes apenas no 2º trimestre.
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O montante é 247,8% maior que o verificado no primeiro trimestre do ano, quando o surto de covid-19 ainda não havia se intensificado. Apenas nas linhas de capital de giro, o avanço foi de 4.040,5%.