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SÃO PAULO – O conselho de administração da geradora de energia AES Tietê decidiu, por unanimidade, rejeitar a proposta de fusão feita Eneva. “Seus termos e condições são inadequados ao melhor interesse da companhia e do conjunto de seus acionistas”, informou a AES em fato relevante divulgado neste domingo.
A empresa citou a “incompatibilidade” entre seus negócios e estratégias e os da Eneva e citou diversas razões que motivaram a rejeição da oferta.
Um deles, de acordo com o fato relevante, é o fato de a AES ter um planejamento estratégico em que consta a busca por geração de energia limpa e sustentável.
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Já a Eneva “tem seu modelo de negócios centrado na geração, exploração e produção de hidrocarbonetos, com foco na geração térmica baseada em gás natural e carvão mineral”.
O documento também cita “incertezas e riscos relacionados às atividades da Eneva, aos quais os acionistas da AES Tietê ficariam expostos” se houvesse a fusão.
Um deles é a possibilidade de a exploração dos campos de hidrocarbonetos não atingir os resultados esperados. Para a companhia, a operação também deixaria os acionistas expostos a mais riscos regulatórios.
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“Na visão do conselho de administração, a relação de troca proposta pela Eneva não compensa a assunção de tais riscos.”
A AES afirma ainda que foi subavaliada pela Eneva e que a avaliação feita superestima as sinergias que seriam atingidas com a fusão.
Além disso, diz que a operação poderia comprometer a distribuição de dividendos.
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Na semana passada, Luiz Barsi, acionista minoritário da AES, havia se posicionado contra fusão, dizendo que a empresa seria um “passarinho prestes a ser devorado” e a Eneva seria o predador.
A AES diz, no entanto, que está aberta a receber uma nova proposta da Eneva e que ela deveria “contemplar, dentre outras melhorias, a possibilidade de liquidez integral para os acionistas” que não quiserem migrar para a Eneva..
A AES fará nesta segunda-feira, às 11 horas, uma teleconferência para explicar os motivos da rejeição da proposta.
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