Ações da Netflix e outras podem se beneficiar do efeito quarentena causado pelo coronavírus

Mesmo em crise, analistas apontam potencial de crescimento para alguns mercados

Pablo Santana

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SÃO PAULO – Em meio aos efeitos negativos causados pelo surto do novo coronavírus em diversos mercados, as ações da Netflix seguem o sentido oposto.

Mesmo com o cenário ruim, a companhia parece estar imune às grandes quedas que outras ações estão sofrendo até agora, porque os investidores acham que um surto pode levar as pessoas a passar mais tempo em casa e assistir ao serviço de streaming.

“O mercado gosta da Netflix sob a premissa de que a quarentena tem um valor alto”, disse Bill Smead, diretor de investimentos da Smead Capital Management, em um relatório.

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Com um crescimento de mais de 15% neste ano, os papéis da provedora de streaming tiveram um dos melhores desempenhos no S&P 500 na última semana, mesmo com o índice em queda.

Composto por diversos ativos cotados nas bolsas da NYSE e NASDAQ, o S&P 500 vivenciou uma das suas piores semanas desde a crise financeira de 2008, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevar para “muito alto” o nível de disseminação do novo coronavírus em todo mundo.

A expectativa do aumento de pessoas em home-office ou em isolamento domiciliar pode beneficiar também outros serviços de entretenimento, como Facebook, Disney e Amazon.

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Analistas da Moody’s Investors Services, liderados por Neil Begley, em um relatório de janeiro, quando o surto do coronavírus ainda se concentrava na China, já apontavam para o movimento.

“Se o contágio se tornar mais difundido internacionalmente, mas com pouco pânico, é provável que mais pessoas busquem opções de entretenimento doméstico, como empresas como a Comcast e AT&T, além de programas de TV e filmes da Netflix, Disney Plus, Peacock da Comcast, HBO Max da AT&T e a própria AT&T”.

Na última semana, a MKM Partners recomendou uma lista de ações de empresas que atendem consumidores em casa e seriam as “potenciais beneficiárias em um mundo de indivíduos em quarentena”.

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“O que as pessoas fariam se ficassem presas o dia inteiro? Ao invés de tentar prever o quanto essas ações podem cair, decidimos explorar quais podem se sustentar melhor”, afirmou JC O’Hara, analista da MKM Partners, a CNBC.

Confira as recomendações da MKM:

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Pablo Santana

Repórter do InfoMoney. Cobre tecnologia, finanças pessoais, carreiras e negócios