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SÃO PAULO – O Brasil tem 12 unicórnios, ou startups com valor de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão. A lista logo pode crescer: 17 startups são candidatas a atingir o status de unicórnio.
A previsão faz parte do estudo Corrida dos Unicórnios 2021, elaborado pela empresa de inovação Distrito. “Assim como os próprios fundadores e demais líderes costumam pontuar, acreditamos que atingir o valuation [valor de mercado] de US$ 1 bilhão em si não é a meta de nenhuma iniciativa empreendedora, mas sim uma consequência de um modelo de negócios promissor, capaz de resolver as dores e necessidades dos consumidores e demais stakeholders [acionistas e partes interessadas no negócio] por meio da inovação e tecnologia”, escreve o Distrito.
O perfil dos unicórnios atuais
Os unicórnios atuais são 99, Nubank, iFood, Gympass, Loggi, Quinto Andar, Ebanx, Wildlife, Loft, VTEX, Creditas e MadeiraMadeira. Esse conjunto de empresas levantou US$ 4,8 bilhões com investidores de capital de risco (venture capital).
Existe uma variedade de setores das startups bilionárias atuais: fintechs/serviços financeiros (3), logtech/logística (2), proptech/imóveis (2), retailtech/varejo (2), entretenimento (1), mobilidade (1) e saúde e bem-estar (1). São Paulo concentra nove dos 12 unicórnios atuais. A cidade é seguida por Curitiba (2) e Rio de Janeiro (1).
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Em média, essas startups se tornaram unicórnio em oito anos – nove dos 12 unicórnios atuais foram criados entre 2011 e 2013. Nos extremos estão Loft (que virou um unicórnio após dois anos de atuação) e VTEX (21 anos).
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Vale lembrar que o Distrito considera unicórnio apenas as startups bilionárias de capital fechado. As startups com valuation acima de US$ 1 bilhão que estão no mercado de capitais são chamadas de IPOgrifos pela empresa de inovação. São eles: PagSeguro (PAGS34), Arco Educação e Stone. Empresas como Enjoei (ENJU3) e Méliuz (CASH3) também abriram capital na bolsa de valores brasileira, mas ainda não atingiram a avaliação de US$ 1 bilhão.
17 futuros unicórnios
O Distrito levou os seguinte fatores em consideração para fazer sua lista de futuros unicórnios: estimativa de valuation orientada por dados; número e valor das rodadas de investimento até o fechamento do estudo; presença de fundos que já formaram unicórnios nesses aportes; expansão de atividades por meio da aquisição de outras startups; número de funcionários e se há vagas abertas; atuação internacional; e experiência dos fundadores e líderes.
Veja abaixo a lista de startups próximas de atingirem ao menos US$ 1 bilhão em avaliação de mercado:
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Startup | Ano de fundação | Segmento | Investimentos captados |
ContaAzul | 2012 | Fintech | US$ 37 milhões |
Dr. Consulta | 2011 | Healthtech | US$ 183,5 milhões |
Neon | 2014 | Fintech | US$ 426 milhões |
Minuto Seguros | 2011 | Insurtech | US$ 60 milhões |
Petlove | 1999 | Pet | US$ 75,8 milhões |
CargoX | 2013 | Logtech | US$ 257,8 milhões |
Contabilizei | 2013 | Fintech | US$ 20 milhões |
Pipefy | 2014 | Martech | US$ 63,5 milhões |
Olist | 2015 | Retailtech | US$ 113,5 milhões |
Solinftec | 2007 | Agtech | US$ 60 milhões |
Superlógica | 2001 | Fintech | US$ 66,5 milhões |
Tembici | 2009 | Mobilidade | US$ 47 milhões |
Fazenda Futuro | 2019 | Foodtech | US$ 30 milhões |
Zenvia | 2003 | Martech | US$ 82,7 milhões |
Buser | 2017 | Mobilidade | Não divulgado |
Take Blip | 1999 | Martech | US$ 100 milhões |
Cortex | 2003 | Martech | US$ 31,3 milhões |
As startups aspirantes ao valuation bilionário receberam um investimento total de US$ 1,5 bilhão, somando os aportes que todas receberam desde a fundação até o momento.
A concentração de setores é um pouco maior nos futuros unicórnios: marketing e serviços financeiros lideram, com quatro potenciais startups bilionárias. O segmento de mobilidade tem duas candidatas. Já os outros setores contam apenas com um empreendimento com potencial de se tornar unicórnio no futuro próximo.
A diversidade de regiões é maior do que a vista na lista de atuais unicórnios. Nove dos 17 futuros unicórnios estão em São Paulo. Dois estão no Rio de Janeiro; dois no Paraná; um em Minas Gerais; um no Rio Grande do Sul; e um em Santa Catarina. Fundada pelo brasileiro Alessio Alionço, a Pipefy tem sede na Califórnia (Estados Unidos).
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Segundo o Distrito, “dados indicam uma ascensão significativa de empresas de outras regiões do país, de modo que, muito em breve, podemos ter aspirantes e unicórnios espalhados por todo o território nacional.”
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