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(Reuters) – O plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a guerra na Ucrânia deve não apenas acabar com o conflito, mas também garantir que não haja mais agressão russa, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em uma entrevista transmitida neste domingo (9).
Zelensky disse que a Ucrânia não quer repetir a experiência de acordos de paz e discussões que não produziram resultados nos anos que antecederam a invasão total de Moscou em fevereiro de 2002. E isso, segundo ele, significava estabelecer garantias de segurança.
“Um conflito congelado levará a mais agressões repetidas vezes. Quem, então, ganhará prêmios e entrará para a história como o vencedor? Ninguém. Será uma derrota absoluta para todos, tanto para nós, o que é importante, quanto para Trump”, disse Zelensky à ITV.
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“Ele não precisa apenas acabar com a guerra. Ele precisa agir de modo que (o líder russo, Vladimir) Putin não tenha nenhuma chance de travar uma guerra contra nós novamente. Isso é o principal e todos devem reconhecer isso. Isso seria uma vitória”, disse Zelensky.
Zelensky reiterou sua disposição de dialogar com a Rússia sobre o fim da guerra, desde que os aliados ocidentais da Ucrânia – os EUA e a União Europeia – estejam engajados.
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“Se eu entender que os Estados Unidos e a Europa não nos abandonarão, nos apoiarão e fornecerão garantias de segurança, eu estarei pronto para qualquer formato de conversas”, disse ele.
“Se houver garantias de segurança, poderemos então falar sobre o fim da ‘fase quente’ da guerra. Vocês devem entender que precisamos saber exatamente como essa guerra vai terminar. Que estamos todos do mesmo lado que os Estados Unidos e a Europa.”
Em seus comentários à ITV, Zelensky novamente descartou a realização de eleição na Ucrânia até o fim das hostilidades, pois isso colocaria o país em perigo ao remover as principais disposições da lei marcial. Putin diz que Zelensky não tem legitimidade em nenhuma negociação porque permaneceu no cargo além de seu mandato.
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Trump disse na sexta-feira que provavelmente se reunirá com Zelensky na próxima semana para discutir o fim da guerra.
(Por Ron Popeski)