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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rebateu nesta quarta-feira (19) alegação de Donald Trump de que a Ucrânia é responsável pela invasão em grande escala da Rússia em 2022, dizendo que o presidente dos Estados Unidos está preso em uma bolha de desinformação russa.
Falando antes das negociações com o enviado de Trump para Ucrânia, um dia depois de Trump dizer que a Ucrânia “nunca deveria ter começado” o conflito, Zelenskiy declarou que gostaria que a equipe de Trump tivesse “mais verdade” sobre a Ucrânia.
O líder ucraniano disse que a afirmação de Trump de que seu índice de aprovação era de apenas 4% é desinformação russa e que qualquer tentativa de substituí-lo fracassará.
“Temos evidências de que esses números estão sendo discutidos entre a América e a Rússia. Ou seja, o presidente Trump… infelizmente vive neste espaço de desinformação”, afirmou Zelenskiy à TV ucraniana.
A última pesquisa do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev, do início de fevereiro, aponta que 57% dos ucranianos confiam em Zelenskiy.
Com menos de um mês na Presidência, Trump alterou a política dos EUA sobre Ucrânia e Rússia, encerrando a tentativa de Washington de isolar a Rússia devido à invasão da Ucrânia com um telefonema Trump-Putin e conversas entre autoridades graduadas dos EUA e da Rússia.
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Trump disse que pode se encontrar com Putin este mês. O Kremlin afirmou que tal reunião pode levar mais tempo para ser preparada.
Para Putin, as negociações entre EUA e Rússia na Arábia Saudita sobre o fim da guerra na Ucrânia foram altamente positivas. “Há resultados”, declarou ele, de acordo com agências de notícias russas, que não deram mais detalhes.
As negociações excluíram a Ucrânia e a Europa.
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Zelenskiy disse em uma entrevista coletiva que os EUA deram à Ucrânia US$67 bilhões em armas e US$31,5 bilhões em apoio orçamentário, e que as demandas norte-americanas por US$500 bilhões em minerais “não são uma conversa séria”, e que ele não poderia vender seu país.
Ele se encontraria com o enviado dos EUA à Ucrânia, Keith Kellogg, que disse ao chegar em Kiev que espera conversas substanciais à medida que a guerra se aproxima de sua marca de três anos.