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(Bloomberg) – Enquanto Donald Trump ameaça impor tarifas ao mundo, Xi Jinping mais uma vez não perde tempo em se posicionar como o principal defensor do sistema de comércio internacional.
O líder chinês alertou nesta sexta (15) que a economia global estava se fragmentando à medida que o protecionismo se espalhava, levando a “severos desafios”. O mundo, ele declarou, havia “entrado em um novo período de turbulência e mudança”.
“Dividir um mundo interdependente é voltar na história”, disse Xi em um discurso na Cúpula de CEOs da APEC no Peru, lido no palco por um de seus ministros.
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Ele repetiu esse tema em um discurso neste sábado (16) para líderes das 21 economias membros da APEC, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden.
Fim do protecionismo
“Devemos derrubar os muros que impedem o fluxo de comércio, investimento, tecnologia e serviços, manter cadeias industriais e de suprimentos estáveis , e promover a circulação econômica na região e no mundo”, disse Xi.
Para Xi, é um papel que ele desempenhou quando Trump chegou ao poder pela primeira vez em 2017. Naquela época, o chefe de estado da China pediu às elites empresariais globais no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, que rejeitassem as guerras comerciais e o protecionismo, dizendo que isso causaria “danos e perdas para ambos os lados”.
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Nos oito anos seguintes, Trump impôs tarifas punitivas à China que foram amplamente mantidas pelo governo Biden, que também intensificou os esforços para negar tecnologia avançada a Pequim. Enquanto se prepara para assumir o cargo novamente em janeiro, Trump agora ameaça impor tarifas de 60% a China — e, igualmente, de 10% a 20% ao resto do mundo.
Essa ameaça tarifária universal está dando a Xi uma nova abertura para melhorar os laços com uma série de governos que se preparam para negociações difíceis com Trump. Na sexta-feira, Xi se encontrou pessoalmente com os líderes da Tailândia, Cingapura, Chile, Coreia do Sul, Japão e Nova Zelândia — todos importantes aliados dos EUA e parceiros de segurança na Ásia-Pacífico.
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