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O primeiro-ministro da França, Michel Barnier, recebeu o voto de desconfiança da Assembleia Nacional nesta quarta-feira (4) e precisará apresentar sua renúncia ao cargo e de todo o seu gabinete ao presidente Emmanuel Macron. Com isso, o governo Barnier será o segundo da Quinta República a ser derrubado – Georges Pompidou sofreu o mesmo processo em 1962.
Segundo o jornal Le Monde, a renúncia do primeiro-ministro é automática após o voto de censura, de acordo com o artigo 50 da Constituição.
A moção de censura apresentada pela Nova Frente Popular recebeu a aprovação de 331 deputados, bem acima da maioria de 288 voto necessários.
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Além de, na prática, o governo ter sido derrubado, o projeto de lei de financiamento da Previdência Social para 2025 foi rejeitado.
Barnier é um conservador veterano e ocupou o cargo de primeiro-ministro por apenas três meses.
O resultado da votação deve aprofundar a crise política da França e marca um golpe significativo para a União Europeia em um momento em que a Alemanha também está atolada em uma campanha eleitoral parlamentar em fevereiro e semanas antes de Donald Trump retornar à Casa Branca.