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Autoridades da Venezuela anunciaram, no último sábado (14), a prisão de três americanos, dois espanhóis e um cidadão tcheco acusados de estarem ligados a uma suposta conspiração para “desestabilizar” o país.
O ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, fez a declaração em uma coletiva de imprensa. O ministro também relatou a apreensão de 400 fuzis vindos dos Estados Unidos.
O governo venezuelano acusou os estrangeiros de envolvimento em atos terroristas, incluindo supostos planos para assassinar o presidente Nicolas Maduro e outras autoridades.
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Nesta semana, o governo venezuelano chamou sua embaixadora na Espanha para consultas e convocou o embaixador espanhol para comparecer ao Ministério das Relações Exteriores, aumentando as tensões diplomáticas após uma eleição presidencial contestada. A comunidade internacional cobra as atas do resultado do pleito e parte reconhece a vitória do opositor Edmundo González.
Em uma postagem na plataforma de mensagens Telegram, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, citou comentários “insolentes, intervencionistas e rudes” da ministra da Defesa da Espanha, Margarita Robles, como o motivo por trás da medida.
As relações com a Espanha também se complicaram pela decisão do chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, de se reunir em La Moncloa com o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que é procurado pela justiça de seu país e viajou à Espanha para solicitar asilo.
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Resposta
Madrid negou estar envolvida em planos para desestabilizar o regime de Nicolás Maduro e disse que os dos dois cidadãos espanhóis presos na Venezuela são inocentes das acusações, segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Espanha publicado pelo jornal El País.
“A Espanha desmente e rejeita qualquer insinuação de estar implicada em uma operação política na Venezuela. O Governo constatou que os detidos não fazem parte do CNI nem de qualquer outro organismo estatal. A Espanha defende uma solução democrática e pacífica para a situação na Venezuela”, afirma comunicado do ministério publicado pelo jornal espanhol neste domingo (15).
(Com Reuters)