Turquia abrirá passagem de fronteira para retorno seguro de sírios, diz Erdogan

A passagem de Yayladagi, próxima à extremidade noroeste da Síria, está fechada desde 2013 devido aos combates perto da fronteira; Turquia abriga cerca de 3 milhões de imigrantes e refugiados sírios

Reuters

O presidente turco, Tayyip Erdogan, na cúpula do G20 no Rio de Janeiro -  19/11/2024 (Foto: Pilar Olivares/Reuters)
O presidente turco, Tayyip Erdogan, na cúpula do G20 no Rio de Janeiro - 19/11/2024 (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

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Ancara (Reuters) – A Turquia vai abrir a passagem da fronteira de Yayladagi com a Síria para administrar o retorno seguro e voluntário de milhões de imigrantes sírios que o país hospeda, disse o presidente Tayyip Erdogan nesta segunda-feira (9), após a repentina expulsão do presidente Bashar al-Assad pelos rebeldes.

Em um dos maiores pontos de virada para o Oriente Médio em gerações, rebeldes tomaram a capital síria, Damasco, e Assad fugiu para a Rússia, após 13 anos de guerra civil e mais de 50 anos de governo brutal da sua família.

“Estamos abrindo o portão de fronteira de Yayladagi para travessias a fim de evitar qualquer congestionamento e facilitar o tráfego”, disse Erdogan, após uma reunião de gabinete em Ancara.

A passagem de Yayladagi, próxima à extremidade noroeste da Síria, está fechada desde 2013 devido aos combates perto da fronteira.

“Também administraremos o processamento do retorno voluntário dos imigrantes de uma forma condizente com nossa hospitalidade”, afirmou Erdogan.

Mais cedo nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Hakan Fidan, disse que a Turquia iria trabalhar para o retorno seguro e voluntário dos imigrantes sírios.

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A Turquia — que nega ter dado suporte ou estar envolvida na ofensiva das forças de oposição sírias que apoiou durante anos contra Assad — disse no domingo querer que a nova administração síria fosse inclusiva e que os sírios determinassem seu próprio futuro.

Membro da Otan, a Turquia abriga cerca de 3 milhões de imigrantes e refugiados sírios, maior anfitriã de sírios que fugiram da guerra civil.