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Após 13 meses de conflito entre Israel e o grupo libanês Hezbollah um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos foi anunciado pelo presidente Joe Biden nesta terça-feira (26).
A medida, que busca encerrar a violência no sul do Líbano, traz implicações para a estabilidade e a economia regional.
Os termos
O acordo, descrito por Biden como “permanente”, prevê que, em até 60 dias, o Hezbollah retire seus combatentes e armamentos da área entre a Linha Azul (fronteira não oficial entre Israel e Líbano) e o rio Litani, cerca de 30 km ao norte.
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Essas áreas serão ocupadas por 5.000 soldados do exército libanês, que terão a missão de garantir que nenhuma infraestrutura ou armamento seja reconstruído.
Simultaneamente, Israel começará a retirar suas tropas e civis da região, permitindo que moradores de ambos os lados retornem às suas casas.
A implementação
Embora o exército libanês assuma um papel crucial, analistas questionam se ele tem recursos suficientes para cumprir o acordo.
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Além disso, existe a preocupação sobre a disposição das tropas libanesas em confrontar o Hezbollah caso necessário, em um país marcado por divisões profundas.
De acordo com autoridades dos EUA, a supervisão será baseada na resolução da ONU que encerrou a guerra de 2006 entre Israel e Hezbollah.
Desta vez, EUA e França participarão do mecanismo de monitoramento, mas não enviarão tropas.
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A ameaça
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu enfatizou que Israel manterá “liberdade total de ação militar” no Líbano.
Ele alertou que qualquer tentativa do Hezbollah de se rearmar ou reconstruir infraestrutura terrorista será respondida com ataques imediatos.
Enquanto isso, Biden reforçou o direito de Israel à autodefesa, desde que consistente com o direito internacional, mas também destacou que o acordo respeita a soberania libanesa.
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O petróleo
O mercado de petróleo reagiu com relativa estabilidade ao anúncio do cessar-fogo, que reduziu o risco geopolítico na região.
O petróleo West Texas Intermediate (WTI) negociou abaixo de US$ 69 por barril, enquanto o Brent fechou próximo a US$ 73.
Apesar do acordo, sinais de excesso de oferta global e as expectativas de manutenção dos cortes de produção pela OPEP+ pressionam os preços.
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Analistas acreditam que a produção permanecerá estável até o primeiro trimestre de 2025.
O impacto do cessar-fogo dependerá da sua durabilidade e de eventos geopolíticos futuros envolvendo Irã e Rússia, além das decisões da OPEP+.