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(Reuters) – Durante semanas, Donald Trump permaneceu sentado em silêncio no tribunal de Nova York enquanto ex-funcionários e aliados testemunhavam em seu julgamento criminal por um pagamento secreto à uma atriz pornô. Nesta segunda-feira (20), o ex-presidente dos Estados Unidos tem a chance de contar sua versão da história.
Não está claro se Trump irá depor como testemunha.
Embora ele tenha dito antes do início do julgamento que planeja testemunhar, seu advogado Todd Blanche disse ao juiz na semana passada que não tinha certeza se ele o faria. O próprio Trump se recusou a dizer aos repórteres se testemunhará ou não.
O primeiro ex-presidente a ser julgado criminalmente se declarou inocente de 34 acusações de falsificação de registros comerciais para encobrir um pagamento que teria comprado o silêncio da estrela pornô Stormy Daniels pouco antes da eleição de 2016. Daniels ameaçou tornar público seu relato de um suposto encontro sexual em 2006 — uma ligação que Trump nega.
Fora do tribunal, Trump, de 77 anos, tem criticado o julgamento como um esforço politicamente motivado para atrapalhar sua tentativa de retornar à Casa Branca na eleição de 5 de novembro.
Dentro do tribunal, Trump se sentou à mesa do réu, ouvindo Daniels contar sua versão do tempo que passaram juntos com detalhes escabrosos. Outras testemunhas discutiram os esforços para enterrar histórias pouco lisonjeiras em um momento em que Trump enfrentava várias acusações de mau comportamento sexual.
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Na semana passada, os promotores disseram que esperavam encerrar sua apresentação nesta segunda-feira, após o restante do depoimento do ex-advogado de Trump, Michael Cohen, que teria feito o pagamento a Daniels.
Nesse momento, a equipe jurídica de Trump terá a chance de fazer sua própria apresentação, embora os advogados de defesa geralmente pulem essa etapa quando acreditam que os promotores não conseguiram apresentar seu caso.
Os advogados de Trump disseram que não achavam que precisariam de muito tempo para chamar suas próprias testemunhas — a menos que Trump opte por testemunhar.
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“Essa é outra decisão que precisamos refletir”, disse Blanche na quinta-feira.
Se optar por testemunhar, Trump terá a oportunidade de convencer os jurados de que não foi responsável pela papelada no centro do caso e refutar o relato detalhado de Daniels sobre o encontro em Lake Tahoe, no Estado da Nevada.
Ele não seria restringido por uma ordem de silêncio que o impede, em outros ambientes, de criticar testemunhas, jurados e parentes do juiz e dos promotores.
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No entanto, ele enfrentaria o interrogatório dos promotores, que poderiam tentar expor inconsistências em sua história. Qualquer mentira dita sob juramento poderia expô-lo a outras acusações criminais de perjúrio.
O julgamento é amplamente visto como o menos consequente dos quatro processos criminais que Trump enfrenta, mas é provável que seja o único a ir a julgamento antes da eleição. Trump enfrenta acusações em Washington e na Geórgia de tentar reverter sua derrota em 2020 para o atual presidente dos EUA, Joe Biden, e acusações na Flórida de manuseio indevido de documentos confidenciais após deixar a Casa Branca em 2021. Ele se declarou inocente em todos os três casos.