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(Reuters) – O governo Trump ordenou que as agências federais eliminem menções à “ideologia de gênero” em contratos, descrições de cargos e contas de rede social, de acordo com decreto que obriga o governo a reconhecer apenas dois sexos.
Um memorando emitido na quarta-feira (29) pelo Escritório de Gestão de Pessoal dos EUA orienta sobre a execução de um decreto do presidente Donald Trump que exige que os órgãos federais “reconheçam que as mulheres são biologicamente femininas e os homens são biologicamente masculinos”.
As ações fazem parte de um ataque mais amplo de Trump aos programas de diversidade, equidade e inclusão que atraiu críticas de defensores de direitos, que temem que isso reverta o progresso que os Estados Unidos fizeram ao adotar esses valores.
Na semana passada, Trump disse que recursos não serão usados para promover a “ideologia de gênero”, um termo vago usado com frequência por grupos conservadores para fazer referência a qualquer ideologia que promova visões não tradicionais sobre sexo e gênero. Os ativistas dos direitos humanos consideram o termo como um clichê anti-LGBTQ e desumanizador.
O governo Trump também tentará limitar o escopo de uma grande vitória para os direitos dos transgêneros sob uma decisão da Suprema Corte dos EUA de 2020, na qual o tribunal superior considerou que as proteções dos direitos civis contra a discriminação “com base no sexo” se aplicavam à sexualidade e à identidade de gênero.
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As agências devem revisar todas as descrições de cargos e colocar em licença qualquer funcionário “cuja descrição de cargo envolva manifestar ou promover a ideologia de gênero”, de acordo com o memorando.
As agências devem limpar sites e contas de rede social que promovam a ideologia de gênero. Também foi determinado que os “espaços íntimos” designados para homens ou mulheres “sejam designados pelo sexo biológico e não pela identidade de gênero”.
Na terça-feira, Trump determinou o fim de todo financiamento federal ou apoio à assistência médica que auxilie a transição de jovens transgêneros, depois de uma ordem anterior que baniu os transgêneros das Forças Armadas.