Trump e Biden dominam disputas da ‘Super Terça’ e caminham para revanche

Trump só foi derrotado por Nikki Haley em Vermont, mas conseguiu a maioria dos delegados em outros 14 estados; Biden teve vitória expressiva, mas enfrentou o voto descompromissado em Minnesota

Reuters

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Palm Beach e Huntington (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump venceram as disputas de indicação pelo país na terça-feira (5), abrindo caminho para uma revanche histórica nas eleições gerais de novembro, apesar dos baixos índices de aprovação de ambos os candidatos.

Trump ganhou as votações republicanas em 14 dos 15 Estados em disputa – incluindo a Califórnia e o Texas, ricos em delegados – deixando para trás a ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley, sua última rival no partido. A única vitória de Haley na noite foi em Vermont.

O desempenho de Trump na “Super Terça”, quando mais de um terço dos delegados republicanos estavam em jogo, significa que ele praticamente garantiu sua terceira indicação presidencial consecutiva, apesar de enfrentar uma série de acusações criminais.

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Trump e Biden rapidamente voltaram seu foco um para o outro quando os resultados ficaram claros. Em um discurso de vitória em sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump se concentrou nas políticas de imigração de Biden e o chamou de “pior presidente” da história.

“Nossas cidades estão sendo invadidas pelo crime dos imigrantes”, disse ele, embora os dados de criminalidade não corroborem essa afirmação.

Já Biden novamente classificou Trump como uma ameaça à democracia norte-americana. “Os resultados desta noite deixam o povo americano com uma escolha clara: Vamos continuar avançando ou vamos permitir que Donald Trump nos arraste para trás, para o caos, a divisão e a escuridão que definiram seu mandato?”, perguntou.

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Democratas

Biden passou com folga pelas disputas democratas, embora uma votação de protesto em Minnesota e em seis outros Estados, organizado por ativistas contrários ao seu apoio enérgico a Israel na guerra contra o Hamas, tenha atraído resultados inesperadamente fortes.

O voto “descomprometido” em Minnesota foi de 19% com quase 90% dos votos apurados, de acordo com a Edison Research, mais do que os 13% que uma iniciativa semelhante em Michigan obteve na semana passada. Mesmo assim, Biden venceu em Minnesota e em outros 14 Estados, incluindo uma votação pelo correio em Iowa que também terminou na terça-feira.

Ele sofreu uma derrota, no pequeno território da Samoa americana, onde o empresário Jason Palmer obteve 51 votos contra 40 de Biden, de acordo com o Partido Democrata local.

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Outra campanha entre Trump, de 77 anos, e Biden, de 81 – o primeiro confronto presidencial repetido nos EUA desde 1956 – é algo que poucos norte-americanos parecem querer. Pesquisas de opinião mostram que tanto Biden quanto Trump têm baixos índices de aprovação entre os eleitores.

A imigração e a economia eram as principais preocupações dos eleitores republicanos, segundo as pesquisas de boca de urna da Edison na Califórnia, Carolina do Norte e Virgínia.

Pressão sobre Haley

Os resultados de ontem apenas intensificarão a pressão sobre Haley para que ela desista da disputa. Ela não fez aparição pública e sua campanha não programou nenhum evento para o futuro.

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Em um comunicado, seu porta-voz disse que a votação mostrou que “ainda há um grande bloco de eleitores das primárias republicanas que estão expressando profunda preocupação com Donald Trump”.