Publicidade
Washington (Reuters) – O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou nesta segunda-feira (8) que ainda acredita que as legislações sobre aborto devem ser determinadas pelos estados. Ele não abordou a questão de uma proibição nacional da interrupção da gravidez.
Em uma publicação de vídeo em sua plataforma de mídia social, o ex-presidente dos EUA afirmou que apoia exceções para estupro, incesto e para proteger a vida da mãe. Ele também reiterou que apoia a disponibilidade da fertilização in vitro.
Em seu vídeo sobre a questão, que provavelmente dividir os eleitores de ambos os partidos políticos na eleição presidencial de novembro, ele não confirmou se buscaria uma proibição nacional do aborto caso retorne à Casa Branca.
Continua depois da publicidade
Trump afirmou que foi responsável pela decisão da Suprema Corte de 2022 que pôs fim ao direito federal ao procedimento, fazendo alusão às suas escolhas conservadoras para a Suprema Corte dos EUA.
“Minha opinião é que agora que temos o aborto onde todos queriam, do ponto de vista legal. Os Estados determinarão por voto ou legislação ou talvez ambos”, disse Trump no vídeo. “E o que eles decidirem deve ser a lei. Nesse caso, a lei do Estado.”
Ele não especificou para qual número de semanas de gestação apoiaria a proibição do aborto.
Continua depois da publicidade
Desde o lançamento de sua campanha no final de 2022, Trump tem se esquivado amplamente do tema.
Decisão Roe vs Wade
O Partido Republicano tem se esforçado para articular uma mensagem para conter as consequências políticas da decisão de 2022 que anulou a decisão histórica Roe vs Wade de 1973 da Suprema Corte, que foi possível graças à nomeação de três juízes conservadores para a Suprema Corte por Trump enquanto presidente de 2017 a 2021.
A reviravolta desencadeou uma reação nos eleitores que foi amplamente creditada por conter os ganhos republicanos nas eleições de meio de mandato do Congresso de 2022 e impulsionar os democratas a vitórias em algumas eleições estaduais no ano passado.
Continua depois da publicidade
Embora os norte-americanos tendam a aceitar restrições ao aborto após o primeiro trimestre, as pesquisas também mostram que uma maioria considerável prefere que a decisão seja tomada pela paciente e seu médico, e não pelo governo.