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O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau sofreu um grande revés político, após seu Partido Liberal perder uma eleição especial em um distrito de Montreal que, até recentemente, era considerado terreno seguro para ele.
A derrota aumentará a pressão sobre o líder de 52 anos para se afastar antes da próxima eleição, agendada para outubro de 2025, mas que pode ocorrer antes disso.
Este é o segundo grande revés nas urnas em apenas alguns meses para seu partido. Em junho, os eleitores elegeram um candidato do Partido Conservador para representar uma área de Toronto que anteriormente era um bastião liberal. Agora, eles rejeitaram os liberais novamente no distrito eleitoral de LaSalle-Emard-Verdun em Montreal, cidade natal de Trudeau — embora a derrota tenha sido por uma margem estreita.
“Há muitas reflexões a serem feitas sobre isso”, disse Trudeau a repórteres nesta terça-feira (17). “Mas o mais importante é garantir que os canadenses entendam a escolha que terão na próxima eleição sobre o tipo de país que somos.”
As derrotas nas duas maiores cidades do país são um sinal inconfundível de problemas para o primeiro-ministro, cuja base política está fortemente concentrada em centros urbanos.
A eleição especial foi vencida por Louis-Philippe Sauve, do Bloc Quebecois, um partido político que defende os interesses de Quebec em Ottawa e apresenta candidatos apenas nessa província.
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Assim como na eleição especial de Toronto há mais de dois meses, esta também foi apertada: Sauve venceu por apenas 248 votos, de acordo com os resultados preliminares divulgados pela Elections Canada. Ele obteve 28%, enquanto a candidata liberal Laura Palestini teve 27,2%. Um candidato do Partido Nova Democrática, Craig Sauve, recebeu 26,1%.
Em 2021, os liberais venceram LaSalle-Emard-Verdun com facilidade, terminando mais de 20 pontos percentuais à frente do Bloc Quebecois. A cadeira ficou vaga quando o ex-ministro da Justiça David Lametti, que foi destituído do gabinete de Trudeau, decidiu deixar a política.
À medida que Trudeau perde a popularidade entre os eleitores, os conservadores de Pierre Poilievre ganharam impulso nas pesquisas nacionais. A maioria das pesquisas ao longo do último ano mostrou os conservadores liderando por uma ampla margem — de até 20 pontos percentuais — o que daria a Poilievre uma grande maioria no governo se essa tendência se mantiver até o dia da eleição.
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Até agora, no entanto, não há sinais de que Trudeau pretenda renunciar. O primeiro-ministro parece ter o apoio da maioria dos 154 membros de sua bancada e, antes da eleição de segunda-feira, ele ignorou repetidas perguntas sobre sua saída do cargo, insistindo que está ansioso para enfrentar Poilievre em um confronto nacional.
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