Tribunal tailandês ordena dissolução de partido vencedor da eleição

Os Estados Unidos, importante aliado tailandês, expressaram profunda preocupação com a decisão

Reuters

Ex-líder do partido Move Forward Pita Limjaroenrat em Bangcoc
 7/8/2024     REUTERS/Chalinee Thirasupa
Ex-líder do partido Move Forward Pita Limjaroenrat em Bangcoc 7/8/2024 REUTERS/Chalinee Thirasupa

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A Corte Constitucional da Tailândia ordenou nesta quarta-feira (7) a dissolução do partido de oposição anti-establishment Move Forward, determinando que sua campanha para alterar uma lei que protege a monarquia de críticas poderia minar o sistema democrático.

A dissolução do Move Forward, que conquistou o maior número de assentos na eleição de 2023, marcou o mais recente revés para importantes partidos políticos da Tailândia, que estão envolvidos em uma batalha de duas décadas pelo poder contra conservadores influentes, famílias endinheiradas e militares monarquistas.

Embora a dissolução possa enfurecer milhões de eleitores jovens e urbanos que apoiaram o Move Forward e sua agenda progressista, o impacto da decisão pode ser mínimo, já que apenas 11 autoridades do partido receberam proibições políticas de 10 anos como resultado.

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Horas após a decisão, os líderes do Move Forward anunciaram que os 143 parlamentares sobreviventes formariam um novo partido na sexta-feira, como fizeram em 2020, quando o antecessor Future Forward foi dissolvido devido a uma violação de financiamento de campanha.

A vice-líder Sirikanya Tansakul disse que a nova legenda, que seria o maior partido no Parlamento, assumiria a mesma ideologia central e não negligenciaria suas promessas ao eleitorado.

“Não abandonaremos nosso sonho, nossa missão e dever que nos foi confiado”, afirmou ela. “Enquanto as pessoas estiverem ao nosso lado e nos apoiarem para mudar este país, continuaremos avançando.”

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Os Estados Unidos, importante aliado tailandês, expressaram profunda preocupação com a decisão da Corte Constitucional, que, segundo eles, privou milhões de eleitores de seus direitos, instando-os a garantir a participação política inclusiva.

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