Tarifas de Trump não mudarão perspectivas de inflação da Europa, diz membro do BCE

François Villeroy de Galhau, presidente do Banco Central francês, disse que o BCE deve seguir anunciando cortes na taxa de juros

Reuters

Presidente do banco central francês, Francois Villeroy de Galhau, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça
16/01/2024
REUTERS/Denis Balibouse
Presidente do banco central francês, Francois Villeroy de Galhau, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça 16/01/2024 REUTERS/Denis Balibouse

Publicidade

TÓQUIO (Reuters) – Os possíveis aumentos de tarifas pelo novo governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, não alteram as perspectivas de inflação na Europa, disse o membro do Banco Central Europeu François Villeroy de Galhau nesta quinta-feira (21), pedindo ao BCE que mantenha suas opções em aberto.

Para reconstruir a base manufatureira dos EUA, Trump tem dito que implementará novas tarifas de pelo menos 60% sobre as importações chinesas e de 10% a 20% sobre os produtos de outros países, em medidas que, segundo economistas, poderiam interromper os fluxos comerciais e aumentar os custos.

“O equilíbrio dos riscos sobre o crescimento e a inflação está mudando para o lado negativo, e não se espera que as possíveis tarifas dos EUA alterem significativamente as perspectivas de inflação na Europa”, disse Villeroy em um discurso em Tóquio.

Continua depois da publicidade

Villeroy, que também é presidente do banco central francês, disse que o BCE deve continuar reduzindo o grau de aperto monetário por meio de cortes na taxa de juros.

LEIA MAIS: Por que a economia da China está mais vulnerável às tarifas de Trump desta vez

O ritmo dos futuros cortes deve ser guiado por um “pragmatismo ágil”, disse Villeroy, acrescentando que o BCE mantém opções em aberto para as próximas reuniões.

Continua depois da publicidade

(Por Leika Kihara em Tóquio e Leigh Thomas em Paris)

ACESSO GRATUITO

CARTEIRA DE BONDS