Suprema Corte do México decide se juntar à greve contra reforma do Judiciário

Com uma maioria de oito votos a três, os juízes da Suprema Corte decidiram se juntar a greve que levou milhares de trabalhadores do setor à paralisação; proposta prevê eleição de juízes por voto popular

Reuters

Estudantes de Direito e trabalhadores do Judiciário protestam enquanto legisladores  debatem a polêmica reforma judicial, na Cidade do México - 03/09/2024 (Foto: Quetzalli Nicte-Ha/Reuters)
Estudantes de Direito e trabalhadores do Judiciário protestam enquanto legisladores debatem a polêmica reforma judicial, na Cidade do México - 03/09/2024 (Foto: Quetzalli Nicte-Ha/Reuters)

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Cidade do México (Reuters) – Os juízes da Suprema Corte do México votaram a favor de suspender as atividades do tribunal às vésperas de votação no Congresso da controversa reforma do Judiciário, disse a corte em comunicado nesta terça-feira (3).

Com uma maioria de oito votos a três, os juízes da Suprema Corte decidiram se juntar a greve que levou milhares de trabalhadores do setor à paralisação.

A reforma, que colocaria os mais de 7 mil juízes e magistrados sujeitos a eleição pelo voto popular, foi proposta pelo presidente em final de mandato Andrés Manuel Lopez Obrador (AMLO) e tem o apoio da sua sucessora e presidente eleita, Claudia Sheinbaum.

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A proposta tensionou a relação do país com os Estados Unidos e assustou os mercados financeiros sob o temor de que eliminaria os pesos e contrapesos do governo, além do potencial de complicar relações comerciais.

A câmara baixa do Congresso mexicano deve começar a debater a reforma na quinta-feira e eventualmente aprová-la, encaminhando o texto ao Senado.