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(Reuters) – Inundações tomaram cidades no Delta do Rio das Pérolas, no sul da China, após chuvas recordes, provocando preocupações sobre as defesas da região contra dilúvios maiores induzidos por eventos climáticos extremos.
A província, que já foi apelidada de “chão de fábrica do mundo”, é propensa a inundações de verão. Suas defesas contra inundações foram severamente testadas em junho de 2022, quando Guangdong foi atingida pelas chuvas mais fortes das últimas seis décadas. Centenas de milhares de pessoas foram retiradas do local.
Desde quinta-feira (18), Guangdong tem sido castigada por chuvas excepcionalmente fortes, contínuas e generalizadas, com tempestades poderosas dando início a uma temporada anual de enchentes mais cedo do que o normal na província, em maio e junho.
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Em Qingyuan, uma cidade relativamente pequena de 4 milhões de habitantes, os moradores contavam suas perdas. “Meus campos de arroz estão totalmente inundados, meus campos desapareceram”, disse Huang Jingrong, 61 anos, à Reuters.
Huang estava abrigado sob um viaduto com outros agricultores de seu vilarejo, ao lado de uma série de pertences pessoais, incluindo uma máquina de lavar. “Não vou ganhar dinheiro este ano, vou ter prejuízos”, disse ele, estimando suas perdas em cerca de 100.000 iuanes (US$ 13.800).
“O que podemos fazer? Não seremos reembolsados por nossas perdas.”
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Durante o fim de semana, os cursos d’água em Guangdong transbordaram, incluindo o rio próximo ao vilarejo de Huang, onde as águas da enchente atingiram o segundo andar das casas depois de lavarem os campos de arroz e batata.
Em outras partes de Qingyuan, as equipes de resgate enfrentaram águas na altura do pescoço para retirar os moradores, incluindo uma senhora idosa presa na água até a cintura em um prédio de apartamentos.
Outros permaneceram nos andares superiores de suas casas, esperando que as águas recuem, enquanto amigos entregavam comida de barco.
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Antes de 2022, raramente chovia tanto quanto agora, e as águas das enchentes nunca foram tão altas, disse Lin Xiuzheng, morador de Qingyuan e vendedor de varejo online.
Os eventos climáticos na China se tornaram mais intensos e imprevisíveis devido ao aquecimento global, dizem os cientistas, com chuvas e secas recordes assolando a segunda maior economia do mundo, muitas vezes ao mesmo tempo.
Os recordes de precipitação para o mês de abril foram quebrados em muitas partes de Guangdong, com as cidades de Shaoguan, Zhaoqing e Jiangmen, a oeste e ao norte de Guangzhou, também quase submersas em águas de enchentes.
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As chuvas mataram quatro pessoas e outras 10 continuam desaparecidas na província nesta segunda-feira (22), informou a agência de notícias estatal Xinhua. Em toda a província, 36 casas desabaram e 48 foram severamente danificadas, resultando em uma perda econômica direta de quase 140,6 milhões de iuanes, informou a Xinhua.