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A Firefly Aerospace conseguiu aterrissar com sucesso sua primeira espaçonave robótica na Lua neste domingo (2), em parceria com a Nasa, marcando a segunda vez que um módulo comercial realiza essa façanha, no momento em que mais empresas tentam alcançar a superfície lunar antes de futuras missões humanas.
Após seu lançamento em 15 de janeiro, o módulo Blue Ghost da Firefly tocou o solo às 3h34, horário de Nova York, 5h3, horário de Brasília. A espaçonave transporta 10 ferramentas e experimentos construídos pela NASA, incluindo uma broca que vai se enterrar no solo lunar para testar a temperatura da Lua.
“Estamos na Lua”, disse um controlador de voo do centro de controle da missão da Firefly após o pouso. Aplausos irromperam entre os funcionários da Firefly e convidados em uma festa para o pouso, perto da sede da empresa em Cedar Park, Texas.
Cerca de 30 minutos após o pouso, a Firefly recebeu a primeira imagem tirada pelo Blue Ghost na Lua, mostrando a superfície próxima à espaçonave.
A manobra é um marco importante para a startup Firefly, fabricante de foguetes e espaçonaves com sede no Texas, e a segunda realizada por uma empresa comercial, após a Intuitive Machines, com sede em Houston, ter pousado uma espaçonave robótica intacta na superfície lunar em 2024. O módulo da Intuitive Machines tombou durante o pouso, forçando um término antecipado da missão, mas o Blue Ghost parece ter pousado de pé, como esperado.
O Blue Ghost aterrissou em uma grande bacia no lado próximo da lua, chamada Mare Crisium. Se tudo correr bem, a missão do módulo está prevista para durar até duas semanas — aproximadamente a duração de um dia lunar.
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“Eles fizeram parecer fácil”, disse Joel Kearns, um administrador associado da Nasa, durante a festa. “Não é fácil.”
A missão da Firefly é parcialmente financiada pela Nasa como parte dos novos esforços da agência para levar humanos à Lua pela primeira vez desde 1972. A Nasa financiou o desenvolvimento privado de módulos robóticos por várias empresas, incluindo a Firefly, para transportar experimentos e aprender mais sobre o polo sul da Lua antes que futuros astronautas tentem pousar lá.
“Eu poderia nos ver lançando e aterrissando na Lua todos os anos e começando a olhar para a criação de um ecossistema na Lua”, disse o CEO da Firefly, Jason Kim, em uma entrevista à Bloomberg antes do pouso.
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O Blue Ghost é um dos três módulos lunares que devem pousar na Lua nos próximos dois meses. A Intuitive Machines fará uma tentativa com seu segundo módulo em 6 de março, enquanto a empresa japonesa Ispace está prestes a pousar sua espaçonave em abril, após o seu primeiro módulo ter se acidentado na Lua em 2023.
Até agora, o esforço da Nasa para financiar módulos lunares comerciais teve resultados mistos.
Um módulo financiado pela agência, construído pela Astrobotic Technology, uma startup com sede em Pittsburgh, sofreu um vazamento no tanque após o lançamento que impediu seu pouso na Lua. Outras empresas faliram ou se retiraram de suas parcerias com a Nasa, citando custos e dificuldades técnicas.
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