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Uma minuciosa investigação da CNN sobre hábitos na internet no passado do polêmico vice-governador da Carolina do Norte, Mark Robinson, um republicano conhecido por suas ferrenhas opiniões conservadoras, colocou em maus lençóis não só sua candidatura ao governo como as pretensões de Donald Trump num dos estados cruciais da disputa presidencial.
Entre diversas mensagens pornográficas trocadas com outros usuários, uma conta atribuída ao vice-governador continha afirmações como: “sou um nazista negro” e elogios à escravidão.
A CNN identificou Robinson como o usuário “minisoldr” em mensagens trocadas durante os anos de 2008 e 2012 no “Nude Africa”, um site pornográfico que permite interação entre os participantes. O período é anterior à entrada do governador na política.
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Segundo a reportagem o apelido era o mesmo que Robinson usava com frequência online e várias informações pessoais que ele passou nas conversas batem com os da vida do político, como endereços, expressões e dados sobre seu casamento.
Muitos dos comentários de Robinson eram gratuitamente sexuais e de natureza obscena e os mais gráficos não foram revelados pela reportagem. Mas é citado que, mesmo sendo um feroz adversário dos direitos dos transgêneros, o governador teria admitido gostar de assistir pornografia transgênero na internet.
Escrevendo em um fórum discutindo o papel republicanos negros em outubro de 2010, Robinson afirmou sem provocação: “Eu sou um nazista negro!” Naquele mesmo mês, Robinson escreveu em outro post que apoiava o retorno da escravidão, segundo a reportagem. “A escravidão não é ruim. Algumas pessoas precisam ser escravas. Eu gostaria que eles trouxessem isso (escravidão) de volta. Eu certamente compraria alguns”, escreveu.
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Em outro exemplo, em março de 2012, Robinson escreveu que preferia o ex-líder da Alemanha nazista Adolf Hitler à liderança em Washington durante o governo de Barack Obama. “Eu aceitaria Hitler por qualquer um que está em Washington agora!”.
Em resposta à CNN, Robinson disse que as questões enfrentadas pelos habitantes da Carolina do Norte eram mais importantes do que o que ele chamou de “lixo dos tabloides”, preferindo atacar seu oponente na corrida, o democrata Josh Stein, procurador-geral do estado.
A Carolina do Norte representa 16 delegados no colégio eleitoral é um dos estados que podem definir a disputa entre Donald Trump e Kamala Harris. Pelas últimas pesquisas, as preferências dos eleitores estão muito próximas, embora a região tenha uma tendência histórica pelos republicanos. Há levantamentos mostrando empate técnico e outros com Trump liderando entre 2 e 4 pontos de vantagem.
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Na disputa pelo governo, no entanto, o democrata Stein está na frente, com vantagens que variam de 5 a até 13 pontos sobre Robinson nas pesquisas.
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