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Barcelona (Reuters) – O líder separatista catalão Carles Puigdemont estava voltando para a Bélgica nesta sexta-feira (9), depois de ter escapado da polícia ao aparecer em um comício em Barcelona, apesar de um mandado de prisão na Espanha, infomou seu partido.
O secretário-geral do Juntos pela Catalunha, Jordi Turull, disse à rádio RAC1 que não sabia se Puigdemont já havia chegado a Waterloo, onde vive em exílio autoimposto desde que liderou uma tentativa fracassada de secessão da Catalunha em 2017.
A breve aparição de Puigdemont em solo espanhol e uma fuga digna de filme enfureceu os oponentes conservadores, já irritados com a anistia do primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez aos separatistas em troca de apoio ao seu governo minoritário.
Para piorar a situação de Sánchez, Turull disse que o Juntos pela Catalunha estava reconsiderando seu apoio porque a Suprema Corte considerou que a lei de anistia não se aplicava a Puigdemont e a dois outros acusados de desvio de dinheiro.
Ele afirmou que o apoio do Juntos teria “um caminho muito estreito ou nenhum caminho”, a menos que Madri pressionasse fortemente pela aplicação da lei de anistia a todos.
“A situação mudou muito por causa do contexto e dos parâmetros que tornaram nosso acordo possível, e temos que ver se ele faz sentido”, disse Turull.
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A acusação contra Puigdemont está relacionada a um referendo de independência de 2017 que foi considerado ilegal pelos tribunais espanhóis. Puigdemont diz que a votação foi legítima e, portanto, as acusações relacionadas não têm base.
Sánchez e seu governo permaneceram notavelmente em silêncio e recusaram um pedido para responder à ameaça do Juntos pela Catalunha e às críticas da oposição.