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O Senado dos Estados Unidos ficou mais perto, nesta quinta-feira (23), de aprovar a indicação de Pete Hegseth como secretário de Defesa dos EUA, sinalizando que as acusações sobre seu comportamento pessoal, incluindo uma nova alegação de uma ex-cunhada, não devem impedir sua confirmação.
Em uma votação de 51 a 49, que seguiu quase totalmente as estruturas partidárias, os republicanos conseguiram derrubar um procedimento democrata para prolongar o debate, preparando o terreno para a votação final, esperada para esta sexta-feira (24).
Os democratas, que consideram Hegseth incapaz de liderar o Pentágono, tentaram convencer alguns senadores republicanos a se unirem a eles na oposição.
O senador Jack Reed, líder dos democratas no Comitê de Serviços Armados, expressou preocupações sobre a possibilidade de aprovar um líder com um histórico que poderia ser explorado por adversários. Ele citou uma declaração juramentada de uma ex-cunhada de Hegseth, que o descreveu como frequentemente embriagado e “abusivo” em relação à sua segunda esposa.
Embora alguns republicanos tenham expressado preocupações sobre as novas acusações, a maioria votou a favor da indicação. As senadoras Susan Collins, do Maine, e Lisa Murkowski, do Alasca, foram as únicas a se opor à indicação de Hegseth. Murkowski afirmou que as alegações de assédio sexual e consumo excessivo de álcool levantavam sérias dúvidas sobre o bom senso de Hegseth, enquanto Collins mencionou a falta de experiência e perspectiva necessária para o cargo.
Para ser confirmado, Hegseth não pode perder o apoio de mais de três republicanos, já que os democratas devem se opor unanimemente. Se mais senadores do Partido Republicano decidirem se juntar à oposição, a aprovação de Hegseth pode depender da intervenção do vice-presidente JD Vance para desempatar e garantir a maioria necessária.
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Desde que foi indicado por Donald Trump, a escolha de Hegseth, ex-apresentador da Fox News e veterano das guerras no Iraque e Afeganistão, gerou controvérsia. Apesar das alegações de mau comportamento, Hegseth defendeu sua indicações, chamando as acusações de “difamações anônimas”.