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Moscou (Reuters) – O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse nesta sexta-feira (4) que a decisão de retirar o Talibã da lista de organizações terroristas foi “tomada no mais alto nível”, informou a agência de notícias estatal Tass.
A decisão precisa ser seguida de vários procedimentos legais para que se torne realidade, disse o representante especial do presidente Vladimir Putin no Afeganistão, Zamir Kabulov.
Putin afirmou em julho que a Rússia considera o movimento Talibã, do Afeganistão, um aliado na luta contra o terrorismo.
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A Rússia vem construindo lentamente laços com o Talibã desde que o grupo tomou o poder no Afeganistão em agosto de 2021, quando as forças lideradas pelos Estados Unidos se retiraram após 20 anos de guerra, mas o movimento ainda é oficialmente proibido na Rússia.
Nenhum país reconheceu formalmente o Talibã como a liderança legítima do país, embora a China e os Emirados Árabes Unidos tenham aceitado seus embaixadores.
A Rússia adicionou o Talibã à sua lista de organizações terroristas em 2003. Removê-lo seria um passo importante de Moscou para normalizar as relações com o Afeganistão.
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Em comentários separados na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que Moscou estava convencida da necessidade de manter um “diálogo pragmático” com o atual governo afegão.
“É óbvio que é impossível resolver os problemas ou mesmo discutir um acordo afegão sem Cabul”, afirmou Lavrov.
“Moscou continuará seu curso de desenvolvimento de laços políticos, comerciais e econômicos com Cabul”, acrescentou ele, falando em uma reunião em Moscou com seu colega afegão Amir Khan Muttaqi e representantes de países vizinhos.