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O tribunal distrital de Basmanny anunciou a prisão dos quatro suspeitos presos por participação direta no atentando da última sexta-feira (22), que matou 137 pessoas na casa de shows Crocus, nos arredores de Moscou. A prisão preventiva dos suspeitos tem validade até dia 22 de maio.
De acordo com imagens divulgadas, Muhammadsobir Fayzov, um dos suspeitos e que filmou o ataque, compareceu ao tribunal muito machucado e, aparentemente, desacordado. Considerando estas circunstâncias, a defesa solicitou medida restritiva, não vinculada à detenção.
Ele e os demais suspeitos (Dalerdzhon Mirzoyev, Saidakrami Rachabalizodu e Shamsidin Fariduni) podem pegar prisão perpétua, de acordo com a agência de notícias RIA.
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Ainda segundo as agêncisa de notícias locais, o número de mortos pode aumentar, uma vez que ainda há 97 feridos nos hospitais, vários deles em estado grave.
Putin acusa Ucrânia
Embora o Estado Islâmico tenha assumido a autoria do atentado e os presos serem todos do Tajiquistão, o presidente Vladimir Putin disse em discurso na TV que a Ucrânia estaria envolvida, por ter preparado uma “janela” para os agressores cruzarem a fronteira após o ato. A Ucrânia tem negado qualquer envolvimento.
Putin foi fotografado acendendo uma vela numa igreja próxima de sua residência nos arredores de Moscou. Enquanto isso, pessoas têm depositado flores no Crocus City Hall, a casa de shows com 6.200 lugares perto de Moscou, onde quatro homens armados invadiram pouco antes do grupo de rock da era soviética Picnic apresentar seu hit “Afraid of Nothing”.
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Foi o ataque mais mortal em território russo desde o cerco à escola de Beslan em 2004, quando militantes islâmicos fizeram mais de mil pessoas reféns e mataram 334, quase metade delas crianças.
Nesta segunda-feira (25), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que não houve contatos com países do Ocidente após o ataque terrorista, mas que Putin havia mantido muitas conversas telefônicas com líderes de países da região, como Belarus, Uzbequistão, Tajiquistão e Turquia, com a intenção de melhorar e reforçar a cooperação bilateral na luta contra o terrorismo.
(Com Reuters)