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(Reuters) – A Rússia intensificou uma campanha de desinformação online que tem como alvo a França e os Jogos Olímpicos de Paris, disse a Microsoft em um comunicado divulgado no domingo (2).
A campanha, que inclui sites falsificados de notícias e um documentário de longa-metragem, é especificamente projetada para afetar a reputação do Comitê Olímpico Internacional (COI) e criar a impressão de que os jogos serão marcados por violência, afirmou a Microsoft.
“A desinformação mais preocupante promovida por atores pró-Rússia tem procurado personificar organizações militantes e fabricar ameaças aos Jogos em meio ao conflito Israel-Hamas”, disse a empresa.
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A embaixada da Rússia em Londres não respondeu a um pedido de comentário da Reuters enviado por email.
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A Microsoft disse ter encontrado, no final de 2023, exemplos de atividades de atores conhecidos de desinformação russa publicando imagens “provavelmente geradas digitalmente” que supostamente mostravam pichações em Paris ameaçando violência contra israelenses presentes nas Olimpíadas, algumas das quais faziam referência aos assassinatos de 11 atletas israelenses em 1972 por militantes palestinos em Munique.
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As campanhas foram realizadas por duas entidades apoiadas pela Rússia que a Microsoft disse rastrear como Storm-1679 e Storm-1099, também conhecida como “Doppleganger”. Usando um conjunto de 15 sites falsificados de notícias franceses, Doppleganger ampliou as alegações russas de corrupção no COI e de potencial violência nos Jogos, disse a Microsoft.
Em junho do ano passado, o grupo que a Microsoft rastreia como Storm-1679 produziu um longa-metragem chamado “Olympics Has Fallen” (A Olimpíada Caiu), que a empresa disse ser projetado para difamar a liderança do COI.
O filme, segundo a Microsoft, foi narrado com áudio falso gerado por IA do ator norte-americano Tom Cruise e usou o site de mensagens de vídeo personalizadas Cameo para levar outras celebridades norte-americanas a endossar o filme.
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O esforço “claramente sinalizou que os criadores do conteúdo dedicaram um tempo considerável ao projeto e demonstraram mais habilidade do que a maioria das campanhas de influência que observamos”, disse a Microsoft.
“É improvável que a máquina de propaganda e desinformação do Kremlin hesite em usar sua rede de atores para minar os Jogos à medida que a Olimpíada se aproxima”, acrescentou a empresa.
A campanha aumentou no final do ano passado, após a decisão do COI de permitir que atletas russos competissem nos Jogos como competidores neutros, de acordo com a Microsoft.