Rússia está desenvolvendo laços com Coreia do Norte em todas as áreas, incluindo as “sensíveis”, diz Kremlin

Putin estreitou os laços com a Coreia do Norte desde que enviou tropas para a Ucrânia em 2022

Reuters

Vladimir Putin e ministra norte-coreana Choe Son Hui em Moscou 16/1/2024 (Sputnik/Artem Geodakyan/Pool via REUTERS)
Vladimir Putin e ministra norte-coreana Choe Son Hui em Moscou 16/1/2024 (Sputnik/Artem Geodakyan/Pool via REUTERS)

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MOSCOU (Reuters) – A Rússia está desenvolvendo relações com a Coreia do Norte em todas as áreas, incluindo as “sensíveis”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta quarta-feira.

A ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte elogiou os laços de camaradagem com a Rússia na terça-feira e, em seguida, manteve raras conversas no Kremlin com o presidente Vladimir Putin, que foi convidado por Kim Jong Un para visitar o país recluso com armas nucleares.

Questionado sobre as conversas em Moscou, Peskov disse que a situação na península coreana foi discutida, mas que o foco principal foi o desenvolvimento de relações bilaterais.

“A República Popular Democrática da Coreia é nosso parceiro muito importante, e estamos focados no desenvolvimento de nossas relações em todas as áreas, inclusive em áreas sensíveis”, disse Peskov aos repórteres.

Putin estreitou os laços com a Coreia do Norte desde que enviou tropas para a Ucrânia em 2022, e os Estados Unidos e seus aliados condenaram o que dizem ter sido entregas significativas de mísseis norte-coreanos à Rússia para ajudar em seu esforço de guerra.

Tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte rejeitaram repetidamente as críticas. Moscou afirma que desenvolverá laços com os países que desejar e que sua cooperação com Pyongyang não viola os acordos internacionais.

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A Rússia fez o possível para divulgar a retomada da relação, incluindo os laços militares, com a Coreia do Norte, que foi formada em 1948 com o apoio da então União Soviética.

Para Putin, que diz que a Rússia está envolvida em uma batalha existencial com o Ocidente por causa da Ucrânia, cortejar Kim permite que ele alfinete Washington e seus aliados asiáticos e, ao mesmo tempo, garanta um grande suprimento de artilharia para a guerra na Ucrânia.