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Começou nesta quarta-feira (26) o julgamento na Rússia do jornalista americano do The Wall Street Journal Evan Gershkovich, acusado pelo governo russo de espionagem. Se condenado, ele pode enfrentar uma pena de prisão de até 20 anos. O julgamento será a portas fechadas.
Segundo as agências de notícias internacionais, o repórter de 32 anos, que está detido desde março do ano passado, compareceu ao tribunal de Ekaterinburgo em uma gaiola de vidro, com a cabeça raspada e vestindo uma camisa xadrez preta e azul. No único momento em que pode ser visto por outros jornalistas e fotógrafos, ele sorriu e acenou para os colegas.
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Conforme lembrou hoje o WSJ, tanto o jornal como Gershkovich e o governo dos EUA negam veementemente as acusações contra ele. Os EUA o designaram como “detido injustamente” e pediram sua libertação imediata.
Na abertura do julgamento, o promotor, Mikael Ozdoev, vestido com um uniforme azul de estilo militar, fez uma breve declaração, dizendo que o caso contra Gershkovich havia começado e alegando que ele “realizou ações ilegais em segredo”.
Gershkovich, que era credenciado como correspondente estrangeiro pelas autoridades russas, estava em Ekaterinburgo e em outros lugares da região de Sverdlovsk com o único propósito de realizar reportagens para o Journal.
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Em carta aos leitores publicada na terça-feira a editora-chefe do jornal, Emma Tucker, disse que os processos judiciais russos são “injustos para Evan e uma continuação da farsa de justiça que já dura há muito tempo”. “Esta falsa acusação de espionagem levará inevitavelmente a uma condenação falsa para um homem inocente”.
Gershkovich é o primeiro jornalista americano a ser detido na Rússia sob acusação de espionagem desde o fim da Guerra Fria. Seu caso se desenrola em um contexto de tensões crescentes entre Moscou e Washington após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.