RFK Jr. diz avaliar desistir da corrida presidencial dos EUA para apoiar Trump

Trump disse que estaria "certamente aberto" a que Kennedy desempenhasse um papel na sua administração

Reuters

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O candidato independente à Presidência dos Estados Unidos Robert F. Kennedy Jr. analisa a possibilidade de encerrar a sua campanha para se unir ao republicano Donald Trump, disse a companheira de chapa de Kennedy em uma entrevista publicada online nesta terça-feira (20).

A candidata a vice-presidência, Nicole Shanahan, disse que, como independentes, eles correm o risco de tirar votos de Trump e de abrir espaço para os democratas Kamala Harris e Tim Walz vencerem a eleição de novembro.

“Ou desistimos de tudo agora e nos unimos com Donald Trump”, ela disse para a empresa de mídia de Los Angeles Impact Theory. Questionada sobre quando tomariam a decisão, ela não deu datas.

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Trump disse à CNN nesta terça-feira que estaria “certamente aberto” a que Kennedy desempenhasse um papel na sua administração se o candidato independente desistisse da corrida e o apoiasse.

“Gosto dele e respeito-o”, disse Trump à rede, numa entrevista após um evento de campanha no Michigan.

“Ele é um cara brilhante. É um cara muito inteligente. Conheço-o há muito tempo”, disse Trump, segundo a CNN. “Não sabia que ele estava pensando em sair (da corrida), mas se ele está pensando em sair, certamente que eu estaria aberto a isso.”

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Em um comunicado separado publicado no X também nesta terça-feira, Kennedy escreveu: “Como sempre, estou disposto a conversar com os líderes de quaisquer partidos políticos para avançar nos temas pelos quais eu trabalho por 40 anos na minha carreira e nesta campanha”.

Kennedy, filho do falecido político democrata Robert F. Kennedy, é um ambientalista que espalhou desinformação sobre vacinas e que viu a sua família denunciar a sua própria campanha.

Ele inicialmente tentou desafiar o presidente Joe Biden pela nomeação do Partido Democrata, mas optou por concorrer como independente. Biden eventualmente abandonou a disputa e endossou Kamala, que vai aceitar formalmente a nomeação na convenção do partido nesta semana.

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Kennedy, de 70 anos, enfrenta uma difícil batalha para se qualificar nas cédulas em vários Estados, mas ele poderia retirar votos suficientes na disputada corrida entre Kamala e Trump para ter um efeito desproporcional.

As intenções de voto em Kennedy estão em 4% em uma pesquisa Ipsos feita neste mês.

Trump tentou conseguir o apoio de Kennedy, como uma ligação telefônica vazada em julho. Shanahan na entrevista divulgada nesta terça disse que Trump tem interesse nas políticas de saúde, o que faria valer a pena um “front unido”.

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A equipe de Kennedy nunca esteve em contato com Kamala, ela acrescentou.