Réus da invasão do Capitólio têm esperança de perdão por Donald Trump

Donald Trump fez algumas promessas de perdoar os manifestantes, o que fez advogados de defesa começarem a trabalhar em pedidos de comutação de penas; alguma audiências já foram adiadas

Equipe InfoMoney

Apoiadores de Trump invadem o capitólio de Washington - 06/01/2021 (Foto: Stephanie Keith/Reuters)
Apoiadores de Trump invadem o capitólio de Washington - 06/01/2021 (Foto: Stephanie Keith/Reuters)

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De todos os apoiadores de Donald Trump nas eleições de 5 de novembro, pelo menos um grupo tinha um motivo a mais para comemorar a vitória do republicano: os mais de 1.500 manifestantes que foram acusados de participar de alguma forma do motim de 6 de janeiro de 2021, que culminou com a invasão do Capitólio, me Washington.

Desse grupo, 645 foram condenados à prisão e 143 estão em prisão domiciliar. E ao menos 10 desses indivíduos foram condenados por júris por conspiração sediciosa – conspiração para usar a força para se opor à autoridade do governo dos EUA – ao tentarem bloquear a certificação da vitória eleitoral do presidente Joe Biden contra Trump.

A esperança de muitos deles reside em promessas que o candidato Trump fez durante a campanha.

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“No momento em que vencermos, revisaremos rapidamente os casos de todos os prisioneiros políticos injustamente vitimados pelo regime de Harris [sua oponente democrata, Kamala Harris], e assinarei seus perdões no primeiro dia”, disse Trump em um comício em Wisconsin em setembro.

Em outro evento organizado pela CNN, ele foi um pouco mais cuidadoso nas promessas. “Estou inclinado a perdoar muitos deles”, disse. “Não posso dizer para cada um deles, porque alguns, provavelmente, ficaram fora de controle”.

O presidente eleito chegou a minimizar a violência de 6 de janeiro, dizendo recentemente que aquele foi “um dia de amor”.

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“Todo réu de 6 de janeiro está esperando e ansioso por algum alívio do presidente Trump”, disse ao site The Hill Carmen Hernandez, advogada de defesa que representou vários réus do motim, inclusive nos casos de conspiração praticados por extremistas dos grupos de direita Proud Boys e Oath Keepers. “Vou pedir perdões e comutações”, afirmou.

Horas depois de Trump ser anunciado eleito, o réu Christopher Carnell pediu a um juiz federal que adiasse uma audiência, entendendo que um perdão de Trump era iminente. Carnell tinha 18 anos quando participou do motim e foi condenado por conduta desordeira em um prédio restrito.

Sua advogada disse a um juiz federal que as promessas de clemência de Trump na campanha provavelmente afetariam seu cliente. “O Sr. Carnell agora está aguardando mais informações do Gabinete do Presidente eleito sobre o momento e o escopo esperado das ações de clemência relevantes para o seu caso”, escreveu a advogada Marina Medvin.

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Ainda segundo o site, outra manifestante, Jaimee Avery, pediu a um juiz que adiasse sua sentença depois de se declarar culpada de duas acusações de piquete no Capitólio. Os promotores estão buscando uma sentença de prisão de um mês.