Reino Unido suspende exportação de armas para Israel

Segundo secretário de Relações Exteriores, o uso dos armamentos corre o risco de violar os direitos humanos internacionais

Bloomberg

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O Reino Unido suspenderá cerca de 30 das 350 licenças de armas para Israel após concluir que o uso de componentes britânicos em Gaza corre o risco de violar o direito humanitário internacional, disse o Secretário de Relações Exteriores David Lammy.

Licenças que cobrem componentes usados em aeronaves de combate F-16, helicópteros, drones e sistemas navais, bem como itens que facilitam a mira terrestre, estão entre as suspensas, disse Lammy à Câmara dos Comuns na segunda-feira. A decisão segue uma revisão do regime de exportação de armas do Reino Unido, que concede permissões a empresas de defesa que fabricam equipamentos militares para Israel. O governo do Reino Unido não envia diretamente armas para Israel, ao contrário dos EUA.

“A avaliação que recebi não me permite concluir nada além de que, para certas exportações de armas do Reino Unido para Israel, existe um risco claro de que possam ser usadas para cometer ou facilitar uma violação grave do direito humanitário internacional”, disse Lammy.

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Ele disse que a suspensão não equivale a um embargo de armas e não terá um impacto material na segurança de Israel. Ele afirmou que o governo não tem e não poderia arbitrar se Israel violou ou não o direito humanitário internacional.

Embora o Reino Unido forneça menos de 1% das armas de Israel e não seja um fornecedor estatal, o governo trabalhista — e o conservador antes dele — têm enfrentado pressão crescente para revisar as exportações de armas.

A medida ocorre após o partido atualmente no governo sofrer algumas perdas surpreendentes durante sua vitória esmagadora nas eleições gerais há dois meses, quando candidatos trabalhistas em áreas com grandes populações muçulmanas foram derrotados devido ao forte apoio de Keir Starmer a Israel no conflito em Gaza.

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