Reino Unido oferece tropas de manutenção da paz para Ucrânia antes de negociações

Esse esforço deve avançar com conversas esta semana na Arábia Saudita entre autoridades norte-americanas e russas

Reuters

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LONDRES/PARIS (Reuters) – O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, tornou-se o primeiro líder europeu a dizer que está pronto para colocar tropas de manutenção da paz na Ucrânia, assumindo o compromisso antes de uma reunião de emergência de líderes em Paris para discutir o papel da Europa em um cessar-fogo.

Os comentários de Starmer destacam uma percepção crescente entre as nações europeias de que provavelmente terão que desempenhar um papel maior para garantir a segurança da Ucrânia, enquanto Washington trabalha sozinha com a Rússia em um possível fim do conflito de três anos.

A Suécia consideraria a possibilidade de contribuir para as forças de manutenção da paz pós-guerra na Ucrânia, disse o primeiro-ministro Ulf Kristersson na segunda-feira, acrescentando que as negociações precisariam progredir antes que qualquer decisão fosse tomada.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu a Ucrânia e os aliados europeus na semana passada quando anunciou que havia feito uma ligação para o presidente russo, Vladimir Putin, sem consultá-los, para discutir o fim da guerra.

Esse esforço deve avançar com conversas esta semana na Arábia Saudita entre autoridades norte-americanas e russas.

O enviado de Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, disse no sábado que a Europa não teria um lugar na mesa para quaisquer negociações de paz. Washington enviou um questionário às capitais europeias para perguntar o que elas poderiam contribuir para as garantias de segurança de Kiev.

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Na cúpula de segunda-feira em Paris, o presidente Emmanuel Macron receberá líderes de Alemanha, Itália, Reino Unido, Polônia, Espanha, Holanda e Dinamarca, que representarão os países bálticos e escandinavos, juntamente com a liderança da União Europeia e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.

Uma autoridade da Presidência francesa disse que a discussão examinaria “as garantias de segurança que podem ser dadas pelos europeus e norte-americanos, juntos ou separadamente”, sendo as forças de paz apenas um elemento das garantias de segurança.