Ranking do IDH: os 10 melhores (e piores) países segundo a ONU

O último relatório do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH – divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou um crescimento da desigualdade mundial.

O relatório do IDH é elaborado todos os anos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com base em informações de 193 países. Segundo o último documento, as nações mais ricas bateram recordes do índice, demonstrando plena recuperação dos prejuízos trazidos pelos anos da pandemia de Covid-19. Por outro lado, metade dos países mais pobres piorou as suas posições no ranking, sendo que a maioria deles está no continente africano.

O atual ranking do IDH é baseado em informações de 2022, e mostra que, além do aumento das desigualdades, a polarização política e o apoio a lideranças antidemocráticas são as maiores preocupações para o futuro. 

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10 melhores e 10 piores países no último ranking do IDH da ONU

Segundo o PNUD, entre os países mais pobres, alguns ainda têm agravantes como guerras e crises fiscais que impossibilitam vislumbrar a sua recuperação. É o caso, por exemplo, de Miramar, Afeganistão e Sudão, onde essas variáveis acentuam ainda mais os resquícios da pandemia.

“Em termos financeiros, viemos em um mundo mais rico do que em qualquer outro período da história da humanidade. Mas há mais pessoas famintas e pobres do que há dez anos, e cada vez mais guerras em todo o mundo, com dezenas de milhões de refugiados”, disse o coordenador do PNUD, Achim Steiner, à agência de notícias AFP.

Melhores

Piores

O Brasil no ranking do IDH

No último ranking, o Brasil obteve IDH de 0,760, um pouco acima da média mundial, que é de 0,739. 

Com o atual índice, o País passou a ocupar duas posições abaixo da anterior, ficando no 89.° da lista dos melhores colocados.

Desde 2013, o Brasil está praticamente estagnado no ranking. Por aqui, segundo a ONU, a dificuldade em manter políticas públicas é o principal obstáculo para a melhora do índice. Um bom exemplo da deficiência dessas políticas é o tempo de permanência escolar, que está em 8,2 anos de estudo. Somente na educação básica, são 12 anos entre a alfabetização e a conclusão do Ensino Médio.

Na América do Sul, Chile (44.° lugar), Argentina (48.°) e Uruguai (52.°) ficaram à frente do Brasil no ranking, segundo os dados de 2022.

O cálculo do IDH considera indicadores como expectativa de vida ao nascer, riqueza, alfabetização, educação, entre outros. Quando mais próximo o indicador estiver de 1, maior é o desenvolvimento humano do país.